sexta-feira, 16 de julho de 2010

Curiosidades sobre a praia do Jacaré em João Pessoa



Memórias de um bloguista

Depois de reconhecer a área fomos ao nosso primeiro passeio, o pôr do sol na Praia do Jacaré, em Cabedelo, outro município colado à João Pessoa. A praia é de Rio, o Paraíba, que nasce e morre no estado, segundo o guia do passeio. “O único no Brasil a nascer e morrer no mesmo estado”, disse ele. Mas não tenho certeza disso. A área é repleta de mangues preservados e algumas ilhas.

Mas o que vale a pena mesmo é o famoso pôr do sol ao som do Bolero de Ravel, tocado pelo saxofonista Jurandir. A lenda é que uma antiga francesa que habitava a beira do rio Paraíba criou o hábito de assistir o poente diariamente ao som do bolero e tomando vinho. Quando seu marido teve de voltar para a França, ela o acompanhou e desde então o Jurandir passou a manter o ritual. Diariamente, faça chuva ou faça sol ele entra na canoa e toca o bolero pra galera.

O cara está no guiness book como a pessoa que mais tocou a melodia no mundo. Já são mais de 3000 execuções. Por que o Bolero de Ravel? Porque ele dura os mesmos 17 minutos que o sol leva para se esconder.




Fraco esse pôr do sol, né?

Quem vai até lá tem três opções para assistir ao espetáculo. A primeira é sentar-se em um dos bares que ficam na beira do rio – e aí é preciso chegar cedo para pegar um bom lugar. Os bares cobram um couvert artístico na média de R$ 5,00. A segunda – que foi minha escolha – é pagar R$ 20,00 e entrar no catamarã. No barco você dá uma volta pelo Paraíba, tem a companhia de um guia que fala sobre história, geografia, hidrografia e curiosidades do estado e da cidade e ainda fica bem do lado do Jurandir na hora da música.




Taí o Jurandir do Sax na canoa

No vídeo abaixo dá pra ver o fim do show do Jurandir. Ele estava bem ao lado do nosso barco. O vento atrapalha um pouco a captação do som, mas dá pra ter uma idéia do tanto de gente que se junta lá para assistir.




Outro passeio bacana que fizemos foi o da Areia Vermelha. São umas ilhas que se formam a uns 800 metros da praia, de acordo com a baixa da maré. Embarcamos num barco (R$ 10 por pessoa) na praia do Poço (cerca de 20 minutos de onde estávamos) e em 15 minutos chegamos às ilhas de areia avermelhada – que eu nem achei tão avermelhada assim. O bacana de lá é a estrutura que montam para atender o público. Barcos-bares ancoram perto da areia e servem todo tipo de petiscos, pratos e bebidas. Em pouco tempo a ilha fica cercada de lanchas, jets e barcos.




Aquilo ao fundo são os barcos, lanchas, jets ancorados na ilha

A água é cristalina e muito rasa. Se você der sorte consegue até ver alguns peixes. Nós fomos brindados com a visita de um cardume de bagres. Bacana de ver, mas triste de constatar que eles aparecem atrás de comida que o povo joga na água. De farofa a restos de peixe. O cardume que vi estava se entupindo de farofa de lingüiça jogada por um grupo que chegou de lancha.



Os bagres e a tia jogando a linguicinha pra eles

A cidade de João Pessoa é bem arrumada, organizada e estruturada. Tem bons hotéis, bons restaurantes e a estrutura das praias urbanas também é muito boa. Entre os restaurantes vale destacar o Mangai, já estabelecido em Brasília, mas muito mais charmoso na capital paraibana. E também o Mango Café. Pequenino, bem decorado, aconchegante e com um excelente cardápio de wraps, saladas e cafés. Comi um cheesecake de goiaba lá que era algo divino. Chega fiquei triste de ter descoberto o local só no último dia.


O restinho do chessecake de goiaba e o chocolate quente

Para mim, que fui acompanhado de namorada, sogra e cunhada ainda rolou outro passeio: feiras de artesanato. Tudo que você imaginar é vendido nessas feiras. Lembrancinhas singelas como chaveiros e ímas de geladeira, camisetas “estive em JP e lembrei de você”, bordados, cerâmicas, doces. Uma infinidade!

Enfim, João Pessoa é uma cidade que ainda fará parte dos meus roteiros. Quem conhece pode perceber que não conheci quase nada do local. Então, fica a dívida para a próxima visita.

Fonte: Blog do Paulo Palavra às 21:46

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