segunda-feira, 25 de junho de 2012

Inação está levando o planeta ao limite, afirma cientista sueco

25/06/2012 - 05h00
Inação está levando o planeta ao limite, afirma cientista sueco




O hidrólogo sueco Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo

CLAUDIO ANGELO-FolhaSP
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O hidrólogo sueco Johan Rockström chegou ao Rio de Janeiro na semana retrasada com uma certeza: a Terra está no limiar de um futuro no qual o risco de colapso ambiental é inédito. E saiu na semana passada com outra: os governos não escutam.

Diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo, Rockström tornou-se uma espécie de celebridade na academia ao propor, em 2009, o conceito de "espaço de operação seguro" para a humanidade.
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O hidrólogo sueco Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo
O hidrólogo sueco Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo

O grupo de 28 cientistas liderado por ele mostrou, num estudo seminal no periódico "Nature", que a civilização já ultrapassou 3 de 9 barreiras planetárias cujo rompimento pode levar a pontos de virada no sistema terrestre -- e a potenciais catástrofes.

A pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Rockström coordenou um grupo de Prêmios Nobel que produziu uma carta com recomendações sobre sustentabilidade global para dar subsídios às decisões da Rio+20.

Dois dos conceitos-chave da carta, porém, ficaram de fora da declaração final da conferência, "O Futuro que Queremos": o empoderamento das mulheres e o próprio reconhecimento dos limites planetários.

"Não é uma mensagem que muita gente goste de ouvir, mas nós não temos mais nenhum grau de liberdade" para operar no planeta, afirma o cientista. "Se não acertarmos agora, será tarde demais: a Rio+30 não vai resolver."

Leia a entrevista que Rockström concedeu à Folha no Riocentro.

Folha - O sr. disse que havia ainda muitas incertezas sobre os limites planetários quando publicou seu artigo em 2009. Como tem evoluído o conhecimento sobre eles?
Johan Rockström - No artigo original, nós quantificamos sete de nove limites, e estava claro para nós que os limites de água, biodiversidade e terra eram aproximações. Quatro de sete eram razoavelmente robustos: clima, ozônio, nitrogênio e oceanos. O que aconteceu desde então foi que nós aprendemos mais sobre o limite do fósforo, e descobrimos que já o transgredimos. A situação é mais grave. Há um grande esforço para quantificar as duas barreiras que não foram quantificadas ainda, as de produtos químicos e de poluição do ar. Há um grupo de trabalho formado para analisar a barreira da biodiversidade. Nosso indicador foi a perda de espécies, mas não é muito bom, porque não é a biodiversidade total, e sim suas funções, o que determina se um ecossistema vai colapsar. Estamos trabalhando na versão 2.0 dos limites planetários.

Como conciliar o sentido de urgência que a ciência traz com o ritmo dos avanços nas salas de negociação aqui?

Não é uma mensagem que muita gente goste de ouvir, mas nós não temos mais nenhum grau de liberdade. Estamos chegando ao teto do que o planeta é capaz de suportar sem gerar nenhuma surpresa. Até muito recentemente, você podia usar o planeta como uma lata de lixo. E o planeta tem sido uma mãe muito compreensiva, absorvendo, absorvendo todos os choques. Mas hoje nós vemos que essa era chegou ao fim. E nós não sabíamos disso em 2005, não sabíamos disso em 2002, certamente não sabíamos disso em 1992. É uma situação tão nova que nós perdemos qualquer liberdade. Não podemos dizer, "OK, nós não conseguimos nos manter em [um aumento da temperatura de] 2°C, então vamos ser realistas e ficar em 3°C". A ciência diz que você não tem essa escolha. Porque é a escolha entre um desafio, 2°C, com muita, muita, muita perturbação e adaptação, e um desastre. A ciência precisa entrar nas negociações, hoje ela está fora.

Quão frustrado o sr. ficou quando a conferência de Durban adiou a ação para 2020?
Do ponto de vista científico, é uma irresponsabilidade total. Se não chegarmos ao pico em 2015 não teremos chance de reduzir as emissões de gás carbônico rápido o suficiente para ficarmos num orçamento de carbono seguro. Então, a data de 2015 serve apenas para nos dar algum espaço para uma transição. Se você adiar para 2020, o ritmo da redução terá de ser de 7% a 8% por ano, mas para fazer 200 países no mundo reduzirem emissões de 7% a 8% por ano não é viável, não consigo enxergar a revolução tecnológica que permitiria que isso acontecesse.

Aonde a Rio +20 nos leva?

Não muito longe. O texto não reflete a urgência que enfrentamos. É o encontro de uma geração; nós só nos encontramos assim a cada 20 anos. É uma responsabilidade enorme, um investimento e uma enorme encruzilhada para a humanidade. Se não acertarmos agora, será tarde demais: a Rio +30 não vai resolver. Então há razão para ficarmos bem preocupados. A luz no fim do túnel são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, abrindo imediatamente um processo para defini-los, e adotá-los imediatamente por todos os Estados-membros da ONU, você pode começar a administrar o Antropoceno [a era geológica dominada pela humanidade, conceito adotado por muitos cientistas].

A carta dos Prêmios Nobel fixa 2015 como uma data crítica para a sustentabilidade, mas muita gente tem dito que 2015 é tarde demais.
Certamente. O Rio não resolve isso, eles não querem resolver isso, deferiram tudo para as convenções do clima e da biodiversidade. Só existe uma maneira de abaixar a curva de emissões em 2015, que é combinar um preço global do carbono de pelo menos US$ 50 a tonelada e uma trajetória quantitativa para todos os países do mundo.

Isso não está sobre a mesa.

Eu acho interessantíssimo que economias fortes como os EUA e a UE, o Canadá não comecem a reconhecer, no nível de seus ministérios de Finanças e Relações Exteriores, que o fracasso em mitigar a mudança climática e de entrar numa economia de baixo carbono vai bater nesses dois ministérios, porque vai criar tanta instabilidade no mundo que você vai ter refugiados, guerras.

James Lovelock, criador da hipótese Gaia, segundo a qual a Terra é um superorganismo, deu uma entrevista recentemente dizendo que exagerou em seus prognósticos, e isso virou uma espécie de mantra para negar a mudança climática. Por que o negacionismo voltou à moda?

James Lovelock foi mal interpretado. Ele não é negacionista da mudança climática. O que ele está dizendo é que ele acredita que o sistema terrestre tem uma resiliência maior do que ele achava. Ele assumiu que o mundo simplesmente, irreversivelmente, chegaria a uma elevação de temperatura de 6°C e chegou a sugerir que a população seria reduzida a 2 bilhões, tipo apocalipse. Então, ele passa dessa posição extrema para uma posição mais "mainstream" [consensual] e é interpretado como sendo um negacionista. É absurdo. O negacionismo nunca esteve tão em baixa. Ele parece estar em alta hoje por uma única razão: os jornalistas não estão fazendo seu trabalho. A culpa é toda dos jornalistas. Porque os jornalistas simplesmente não conseguem distinguir o que 99% dos cientistas dizem do que diz um punhado de homens provocadores, empolgantes, excêntricos e idosos. Não é culpa de qualquer jornalista, é de jornalistas que não acompanham a área ambiental. De editores de páginas de opinião, de política, da liderança do "Wall Street Journal". Eles simplesmente deixaram essas pessoas entrar e lhes deram o mesmo peso, então as pessoas ficam confusas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A Força do Amor

Aos nossos mais implacáveis adversários, diremos: “Corresponderemos à vossa capacidade de nos fazer sofrer com a nossa capacidade de suportar o sofrimento. Iremos ao encontro da vossa força física com a nossa força do espírito. Fazei-nos o que quiserdes e continuaremos a amar-vos. O que não podemos, em boa consciência, é acatar as vossas leis injustas, pois tal como temos obrigação moral de cooperar com o bem, também temos a de não cooperar com o mal. Podeis prender-nos e amar-vos-emos ainda. Assaltais as nossas casas e ameaçais os nossos filhos, e continuaremos a amar-vos. Enviais os vossos embuçados perpetradores da violência para espancar a nossa comunidade quando chega a meia-noite, e, quase mortos, amar-vos-emos ainda.

Tendes, porém, a certeza de que acabareis por ser vencidos pela nossa capacidade de sofrimento. E quando um dia alcançarmos a vitória, ela não será só para nós; tanto apelaremos para a vossa consciência e para o vosso coração que vos conquistaremos também, e a nossa vitória será dupla vitória”. O amor é a força mais perdurável do mundo. Este poder criador, tão belamente exemplificado na vida de nosso Senhor Jesus Cristo, é o instrumento mais poderoso e eficaz para a paz e a segurança da humanidade. Diz-se que Napoleão Bonaparte, o grande gênio militar, recordando a sua anterior época e conquistas, teria observado: “Tanto Alexandre como César, Carlos Magno ou eu próprio, criamos grandes impérios. Mas onde se apoiaram eles? Unicamente na força. Jesus, há séculos, iniciou a construção de um império fundado no amor, e vemos hoje ainda milhões de pessoas que morrem por Ele”.

Ninguém pode duvidar da veracidade dessas palavras. Os grandes chefes militares do passado desapareceram, os seus impérios ruíram e desfizeram-se em cinza; mas o império de Jesus, edificado solidamente e majestosamente nos alicerces do amor, continua a progredir. Começou por um punhado de homens dedicados que, inspirados pelo Senhor, conseguiram abalar as muralhas do Império Romano e levar o Evangelho ao mundo todo. Hoje, o reino de Cristo na terra compreende mais de um bilhão de pessoas e reúne todas as nações ou tribos. Ouvimos hoje de novo a promessa de vitória:
Jesus há de reinar enquanto o sol fizer sua viagem cada dia;
o seu Reino irá de costa a costa até que a lua deixe de mudar.
A que outro coro, alegremente, responde:
Não há em Cristo Leste ou Oeste, n’Ele não há Norte nem há Sul, mas a grande unidade do Amor por toda a vasta terra inteira.

Jesus tem sempre razão. Os esqueletos das nações que o não quiseram ouvir enchem a História. Que neste século vinte, nós possamos escutar e seguir as suas palavras antes que seja tarde demais. Possamos nós também compreender que nunca seremos verdadeiros filhos do nosso Pai do céu sem que amemos os nossos inimigos e oremos por aqueles que nos perseguem.

Martin Luther King, Jr. (1929-1968)

domingo, 10 de junho de 2012

O Doce Amargo!







Para viver um grande amor é preciso coragem de assumir os riscos, é preciso saber provar o doce e ver o lado bom do absinto, do amargo, do fel. É preciso controlar os instintos e deixar que o tempo fale por nós. A paixão é fogo curto, o amor é uma chama acesa que ultrapassa os anos e nos leva a verdadeira beleza de nos moldar junto com o outro, mesmo em espaços diferentes, mesmo tendo o corpo ausente, até que duas almas aceitem que se precisam e que existe uma missão que vai além do egoísmo de viver um para o outro.


Quando o verbo amar for conjugado pela humanidade de uma forma ágape, ou seja , quando aceitarmos que não somos só matéria, mas também espírito, veremos que o amor não é uma simples necessidade de viver momentos lindos, prazerosos, mas acima de tudo é uma forma de dividir com o outro nossas alegrias, dores, sonhos e projetos e aceitar as diferenças de uma vida a dois.


Quando sofre uma vez, duas , três por amor, paixão, o psicológico cria uma barreira e muitos temem a rejeição. A necessidade de amar se esbarra no medo de viver a coisa e ser rejeitado depois. E da mesma maneira que abrigamos uma sede imensa de amar , trazemos cativo o medo de amar e não ser correspondido a altura. Os corajosos se entregam, sabem que se machucam, mas não deixam de acreditar que o amor é a mais nobre das lições e o mais delicado dos dons. Amar não é um sentimento, você decide amar por princípios divinos, este é o amor que resiste aos anos, independe de classe social, de bonança ou de escassez, independe de raça, poder aquisitivo, enfim. Dois mundos diferentes se encontram e se atraem, o tempo os leva a juntar os pedaços que sobraram de duas vidas que são aperfeiçoadas a cada momento em plena liberdade , sem exigências ,simplesmente, aceitam o presente divino do amor.


A covardia não permanece no coração disposto a amar, verdadeiramente, o verdadeiro amor lança fora o medo e aceita o outro com seu lado doce e amargo. O amor não é uma vela no meio da chuva que se apaga com simples pingos d’água, o amor é uma experiência divina que se fortalece a cada dia com as provas do caminho. Aceitar as várias estações do amor....a primavera dos anos, onde tudo é novo e surpreendente, o verão dos momentos, o calor humano, o inverno onde tudo parece ruir, se esvair, ir .... e finalmente a estação do outono onde damos os mais lindos frutos e influenciamos o mundo que nos cerca a amar de verdade e acreditar que vale apena viver o doce amargo do amor...


Um grande amor acontece sem que percebamos no início que já era amor. Surge uma atração, uma amizade, uma implicação, uma saudade, uma barreira, uma ansiedade, um choro, uma ausência, músicas pra lembrar, algo para rir, encontros e desencontros no trânsito, no ar, na rua, na praia, no mar da vida, nos debates, nos embates, aí você percebe que não é acaso....nenhuma folha cae em vão, e ninguém cruza, frequentemente, os teus passos por engano ou coincidência. O amor chega e não pede licença e insiste em ficar, apesar das fugas de quem vive entre o doce amargo com medo de amar.

Tânia Rocha
Jornalista ( Para o próximo livro o Doce-Amargo. Autora dos livros Imaginação a Solta e Verbo Amar e do cd de poesias musicadas Verbo Amar. taniaverboamar@ig.com.br. Visitem meu blog:www.taniaverboamar.blogspot.com.br



sábado, 9 de junho de 2012

"O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele você será um eterno desafinado no imenso coral da humanidade" Roque Schneider


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.


E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.


E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.


O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.


Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;


Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;


Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."


1 Coríntios 13:1-7