domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma é aclamada por multidões no Nordeste

Dilma é aclamada por multidões no Nordeste

Na terça-feira (26), a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, realizou comícios e carreatas no Nordeste, região em que obteve a maior votação no primeiro turno, arrastando uma multidão em Fortaleza (CE), Caruaru (PE) e Vitória da Conquista (BA).

Na capital cearense, a Praça do Ferreira ficou pequena para o povo que foi celebrar a presença de Dilma, que estava acompanhada do governador Cid Gomes (PSB), da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que integra a coordenação de sua campanha. “Vamos juntos, homens e mulheres cearenses, que têm tradição de luta”, disse Dilma, aclamada pela multidão.

A candidata explicou que há dois projetos em disputa. “Um modelo sempre voltou as costas para o Nordeste. No nosso modelo, que o presidente Lula começou e que nós vamos continuar, o Ceará tem lugar privilegiado. Jamais nós vamos deixar novamente que aquela situação de abandono e discriminação continue”, afirmou.

Caruaru, no agreste pernambucano, realizou a maior carreata de sua história, em um percurso de 12 quilômetros, com centenas de carros, motos, bicicletas e pessoas correndo durante o trajeto. Com Dilma, estava o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 40 prefeitos e parlamentares de vários partidos.

Na praça do Marco Zero, Dilma fez um discurso emocionado: “Estou vivendo aqui em Caruaru uma das experiências mais fortes da minha vida. O coração do Brasil hoje bate em Caruaru”.

“Tenham certeza que darei continuidade ao trabalho do presidente Lula. E o que eu prometo, eu faço. Essa energia que recebo hoje em Caruaru me moverá até o domingo, dia que escolheremos se vamos seguir em frente ou voltaremos ao passado, descendo serra abaixo”, acrescentou.

O governador Eduardo Campos e o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), agradeceram o carinho com que a população recebeu Dilma. “Caruaru demonstra ao Brasil que já escolheu Dilma presidente. Vamos ficar nas ruas até domingo, quando o Brasil terá a primeira mulher presidente”, ressaltou o governador.

Na noite de terça-feira, Dilma realizou um grande comício na praça central de Vitória da Conquista (BA), que foi tomada pela população. Ao lado da candidata estavam o governador reeleito Jaques Wagner (PT), os senadores eleitos Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), deputados e prefeitos de vários partidos.

Dilma frisou a continuidade dos programas do governo Lula, como o Bolsa Família, ProUni e a construção de escolas técnicas. Ela agradeceu a receptividade dos baianos. “Daqui de cima é uma visão fantástica que nós temos. É com muita emoção que mais uma vez eu venho aqui nessa terra sagrada, onde o Brasil começou. Acredito que é simbólico eu estar aqui nesta noite. Que nome lindo essa cidade tem, vitória e conquista”, sublinhou.

“Já cuidamos do Estado da Bahia, agora chegou a vez da gente cuidar do nosso país. Vamos todos votar em Dilma e alcançar 70% de aprovação no estado”, destacou Jaques Wagner. “Esse público bonito demonstra que Vitória da Conquista está ansiosa para eleger a primeira mulher presidente do Brasil”.

Fonte: A Hora do Povo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Marina: ‘Não usem meu nome em vale-tudo eleitoral’

Marina: ‘Não usem meu nome em vale-tudo eleitoral’

Senadora repudia militância do PSDB e reafirma sua neutralidade em relação a ambos aos candidatos

iG São Paulo | 28/10/2010 10:30

Uma nota veiculada em site de militância do candidato à Presidência da República do PSDB, José Serra, e um email supostamente enviado pela senadora Marina Silva (PV-AC) com mensagens de apoio ao tucano provocaram a reação da ex-candidata verde. Marina, ao tomar conhecimento da fraude, advertiu em sua página na internet que não quer seu nome envolvido no “vale-tudo eleitoral” e reafirmou sua posição de “independência em relação a Dilma e Serra”.



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O email falso circulou com o remetente marina@pv.gov.br e foi enviado aos simpatizantes de Marina. Na mensagem, pedido da senadora e do PV para “que se unam em torno da candidatura de Serra”. Além disso, o blog “Eu Vou de Serra 45” veiculou nota manipulando as declarações de Marina dadas ainda durante a campanha do primeiro turno.

O blog tucano aproveitou a afirmação da senadora, que advertiu eleitores sobre a escolha no segundo turno, e tirou do contexto para que parecesse uma nota de pedido de votos ao tucano. “Marina se posiciona: Brasil não pode ser entregue a quem conhece”, afirma o post do blog. E complementa: "Em campanha no Sul do País, a candidata Marina Silva, do PV, fez críticas em relação ao desconhecimento geral sobre a biografia da candidata do PT, Dilma Rousseff”.

Informada sobre as iniciativas da militância tucana, Marina repudiou a ação. “Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos”, declarou a ex-presidenciável do PV em post em sua página na internet.

domingo, 24 de outubro de 2010

Temporão tranquiliza população e diz que superbactéria está restrita a hospitais

Temporão tranquiliza população e diz que superbactéria está restrita a hospitais

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pediu hoje (24) tranquilidade em relação à proliferação da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KCP). “A população fique tranquila porque essa é uma situação que acontece apenas em ambiente hospitalar e em pacientes debilitados”, disse ele após participar de encontro na capital paulista sobre a definição de diretrizes para minimizar o risco cardíaco em pacientes em tratamento contra o câncer.

Segundo o ministro, com a adoção de medidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “a situação vai ficar sob controle”. Entre as ações da agência, ele destacou a norma que determina a retenção da receita médica na compra de antibióticos. “[Isso] vai impedir muito o que hoje é um problema seríssimo, que é a automedicação, o uso abusivo e indiscriminado”, garantiu.

Além disso, o ministro lembrou a importância de procedimentos simples de higiene, como lavar as mãos, que diminuem muito o risco de contágio pela bactéria. “Isso serve para os profissionais de saúde e também para os visitantes ao entrar e ao sair [de um hospital]”.

Temporão destacou ainda que outro ponto fundamental no combate à bactéria é o cuidado no registros dos casos, para melhorar o embasamento de pesquisas sobre o assunto.

Da Agência Brasil

sábado, 23 de outubro de 2010

Juristas apoiam Dilma e dizem não à privatização tucana

Juristas apoiam Dilma e dizem não à privatização tucana



“Pela não privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, das universidades federais e demais entidades estratégicas e por um Brasil cada vez mais justo”, diz o manifesto dos Juristas



Mais de mil juristas, acadêmicos, escritores, estudantes e lideranças sociais participaram do lançamento do “Manifesto de Intelectuais e Juristas em apoio à Dilma Presidente Para o Brasil Seguir Mudando”, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca), na terça-feira (19).



Durante o evento, o professor titular da Universidade Federal do Paraná, Luiz Edson Fachin, leu o manifesto assinado por renomados juristas e intelectuais, dentre eles, Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Dalmo de Abreu Dallari e Frei Betto. “Nós que no primeiro turno, votamos em distintos candidatos, nos unimos agora em favor de Dilma Rousseff”, diz o documento. E defende “um Brasil cada vez mais justo e igualitário, a liberdade religiosa, a Constituição, a não privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, das universidades federais e demais entidades estratégicas e por uma eleição sem boatos e calúnias”.



Com o acirramento da campanha no segundo turno, onde ficou ainda mais evidente os dois projetos que estão sendo apresentados ao país, o da volta ao desemprego, das privatizações, da submissão do Brasil aos estrangeiros, por um lado, e o aprofundamento do projeto de desenvolvimento econômico e de soberania iniciado no governo Lula, é cada vez maior o número de manifestos dos mais diversos setores, que circulam em todo país em apoio à Dilma.



Além dos Juristas e Intelectuais, nas duas últimas semanas foram lançados manifestos dos Artistas tendo à frente Chico Buarque; dos Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Urbanistas, Geólogos, Geógrafos, Técnicos Industriais e Agrícolas, encabeçado por Oscar Niemeyer; dos professores de todas as Universidades Federais; dos Ambientalistas pró-Marina; dos Trabalhadores Rurais, liderado pela Contag; de Católicos e Evangélicos com os bispos Dom Pedro Casaldáliga e Dom Thomas Balduino; dos Professores e Pesquisadores de Filosofia; de Líderes Sindicais do Setor Portuário capitaneados pela Federação Nacional dos Portuários (FNP) e dos Farmacêuticos pela Federação Nacional dos Farmacêuticos; de Jovens Católicos; do Movimento de Mulheres; do Movimento dos Negros; dos Prefeitos do RN; dos Professores de História; entre tantos outros.



Após o Hino Nacional ser entoado no teatro da PUC-SP, o candidato a vice, Michel Temer, e o coordenador da campanha, José Eduardo Cardozo, receberam o Manifesto de Intelectuais e Juristas em nome de Dilma Rousseff. A candidata não pode comparecer devido a agenda em Goiás. Em mensagem gravada para os presentes, ela lembrou que o Tuca foi palco da resistência à ditadura, e que seu governo continuará lutando pelo aprofundamento da democracia. “Vamos promover crescimento econômico e sustentável, fortalecendo a soberania nacional. Queremos continuar construindo um Brasil novo, onde caiba, sem exceção, cada brasileiro e brasileira”, afirmou Dilma.



O ex-ministro da Justiça, o jurista Márcio Thomaz Bastos, declarou seu voto: “esse governo não é só do Lula. É de todos nós. Dilma é o projeto que queremos”. “Essa proposta de tirar pessoas da miséria, de tirar pessoas da fome, de dar a todos os brasileiros a perspectiva de comer três vezes por dia, é um projeto que está em curso e que vai continuar com a Dilma”, disse Bastos.



SÍMBOLO



Em vídeo, o professor Emérito da PUC-SP, Celso Antônio Bandeira de Mello, manifestou seu apoio. “Dilma simboliza o que há de melhor, uma mulher provada na defesa da democracia. Ela foi um dos protagonistas desse processo que representou a liberação de milhões de brasileiros da miséria. O outro candidato tem promessas, ela tem fatos”, disse o jurista. “Tenhamos orgulho de escolher uma mulher. É um orgulho para todas as mulheres brasileiras e é um orgulho para um brasileiro saber que há mulheres como ela em nosso país”.



A esposa de Paulo Freire, Nita Freire, disse, emocionada, que se o educador estivesse vivo, estaria presente no ato. Nita relembrou a presença de Oscar Niemeyer na atividade com artistas e intelectuais que ocorreu um dia antes no Rio de Janeiro. “Se ontem, assistimos uma das coisas mais lindas desse mundo. Um homem com 102 anos sai de sua casa pra dizer ‘Dilma você será nossa presidenta’, eu tenho certeza que Paulo estaria hoje aqui, com seus 89 anos, dizendo ‘Dilma você é nossa presidenta’”.



O presidente da UNE, Augusto Chagas, chamou de "traidor" o candidato Serra. “A UNE continua ao lado da Petrobrás, dos professores, da universidade pública. Quem traiu e mudou de lado foi ele”, disse.



Participaram do encontro, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, a deputada federal Luiza Erundina, a senadora eleita Marta Suplicy, o deputado federal eleito Gabriel Chalita e o padre Lancellotti. O ex-reitor da PUC Antônio Carlos Caruso também registrou presença.



Durante o ato, mais três manifestos em apoio à Dilma foram apresentados, de policiais do estado de São Paulo, de defensores públicos do estado de São Paulo e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).


Fonte : Jornal Hora do Povo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Único jornal voltado para deficientes auditivos da TV aberta ganha novo visual

Único jornal voltado para deficientes auditivos da TV aberta ganha novo visual

EBC - TV Brasil 04/10/2010



O Jornal Visual, da TV Brasil, exibido de segunda a sexta, às 7h50, ganha novo visual e tecnologia HD a partir da próxima quarta-feira, 6 de outubro. O novo formato vai dar mais destaque ao intérprete da Língua Brasileira de Sinais, a LIBRAS, que passa a ocupar um espaço maior na tela. A mudança facilita a compreensão da notícia pelo público surdo que atualmente é estimado em cerca de 5 milhões de brasileiros.

Criado há 20 anos, o Jornal traz, em formato de revista eletrônica, as principais notícias do Brasil e do mundo. Além de reportagens sobre inclusão social, o programa ainda conta com quatro quadros: Notícias do Mundo, Internet e Tecnologia, Notícias Paraolímpicas e Ensinando LIBRAS. Semanalmente, o Notícias do Mundo mostra o que aconteceu no cenário internacional. O Ensinando LIBRAS ajuda a disseminar a Língua de Sinais, apresentando palavras e expressões.

O esporte também está na pauta do Jornal Visual. Notícias Paraolímpicas mostram os preparativos para os próximos Jogos, o treinamento e os atletas brasileiros. Já em Internet e Tecnologia são exibidos vídeos institucionais feitos por portadores de deficiência.

As edições do Jornal Visual também estão disponíveis na internet através do site: www.tvbrasil.org.br/jornalvisual .

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tremor de magnitude 4,6 atinge Brasília e Goiás

08/10/2010 17h37 - Atualizado em 08/10/2010 19h08

Tremor de magnitude 4,6 atinge Brasília e Goiás

Por volta das 17h15, moradores da cidade sentiram prédios balançarem.
Sismólogo da UnB diz que há possibilidade de novos tremores.

Do G1, em Brasília


O Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília registrou um tremor de terra nesta sexta-feira (8) na divisa entre Goiás e Tocantins, com reflexo no Distrito Federal. Segundo o diretor do observatório, George Sand, o tremor teria ocorrido na região da cidade de Mara Rosa, em Goiás.

Dados preliminares da UnB mostram que o tremor teve magnitude de 4,6 na escala Richter, o maior já registrado na região central do país. Houve dois tremores sequenciais registrados, por volta das 17h. Ainda segundo o diretor do observatório, há chances de acontecer novos tremores nesta sexta e durante o feriado.

“É normal que toda atividade sísmica tenha novos tremores. Esperamos que não sejam maiores do que esse que já aconteceu porque o nível registrado é relativamente alto para nosso padrões”, afirmou Sand.

Os livros na estante tremeram, os móveis, a cama também. Mas foi bem rápido, cinco segundos, talvez menos. Não deu tempo de ficar apavorado"Marcelo Sávio, morador em BrasiliaO serviço de pesquisa geológica norte-americano (U.S. Geologic Survey) registrou o tremor em sua página na internet. De acordo com o órgão, o abalo teve magnitude 5 e teria ocorrido a uma profundidade de 14,8 quilômetros na divisa entre Tocantins e Goiás.

Por volta das 17h15, moradores de Brasília relataram casos de tremores em prédios. Os tremores foram sentidos nas regiões da Asa Norte, do setor Sudoeste, Lago Norte e Setor Comercial Sul. O assunto foi registrado no microblog Twitter por moradores da cidade.

O Corpo de Bombeiros de Brasília registrou nais de 200 ligações devido ao tremor. Segundo o tenente Xavier Fernandes, ainda havia pessoas ligando uma hora depois dom tremor. Até as 18h20, os Bombeiros não registraram caso de abalos em estruturas. A recomendação é que, caso haja outro tremor, as pessoas deixem suas casas e prédios e evitem usar elevadores.

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"Os livros na estante tremeram, os móveis, a cama também. Mas foi bem rápido, cinco segundos, talvez menos. Não deu tempo de ficar apavorado", afirmou o arquiteto Marcelo Sávio, morador da Asa Sul, em Brasília.

A estagiária do Ministério do Desenvolvimento Social Samara Correia, que trabalha no 5º andar do prédio, disse que sentiu o tremor. "Foi bem leve, mas como costuma não ter nenhum tremor [em Brasília], a gente estranhou. Foi só o chão tremendo, nada muito forte. Nem todo mundo sentiu. Eu mesma fiquei na dúvida. As pessoas se olharam perguntando: 'você sentiu?'"

O empresário Kdu Peixoto trabalhava em seu escritório na Asa Norte, em Brasília, quando sentiu o tremor. "Tremeu como se aqui embaixo passasse uma linha de trem. Eu coloquei a mão na mesa e senti, durou uns 8 ou 10 segundos", disse.

No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, os funcionários também sentiram o tremor. O presidente em exercício do Tribunal de Justiça do DF, Lecir Manoel da Luz, determinou, pouco antes das 18h, que o prédio do tribunal fosse esvaziado.

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o tremor, houve orientação da Defesa Civil para que os servidores deixassem o local para que fosse verificada a estrutura do prédio. Depois de liberada a sede do tribunal, os funcionários puderam retornar ao trabalho.

A assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília, informou ao G1 que o prédio foi quase todo esvaziado. Os funcionários da assessoria, que fica no térreo do edifício, não sentiram o tremor, mas os servidores que trabalham em andares superiores ficaram assustados e começaram a deixar o edifício.

No Palácio do Planalto, os bombeiros destrancaram as portas de emergência para permitir uma eventual saída de pessoas em caso de novos tremores. A central dos bombeiros na sede oficial da Presidência informou que a medida é um "procedimento padrão" e que estava avaliando a necessidade de outras medidas. Funcionários do Planalto disseram não ter sentido o tremor.

Sob protesto de jornalistas, Senado da Bolívia passa lei antirracismo

08/10/2010 12h34 - Atualizado em 08/10/2010 12h38

Sob protesto de jornalistas, Senado da Bolívia passa lei antirracismo

Projeto, que só depende de sanção presidencial, prevê punição a jornalistas e jornais acusados de racismo.

Da BBC


O Senado boliviano aprovou na madrugada desta sexta-feira (8) um polêmico projeto de lei que prevê sanções a jornais e jornalistas acusados de atos de racismo e discriminação, incluindo penas de prisão.

O projeto, que agora vai para a sanção do presidente Evo Morales, gerou nesta semana protestos dos principais jornais bolivianos e de jornalistas em diferentes pontos do país.

A maioria da população na Bolívia se declara indígena e, com o projeto, o presidente quer evitar que essas pessoas sejam alvo de discriminação na imprensa.

"Morales reiterou a decisão de tirar as licenças dos meios de comunicação que cometam atos racistas", informou o site da agência Red Erbol, que reúne rádios bolivianas.

Segundo o presidente, é responsabilidade do Executivo e do povo boliviano extirpar o racismo e a discriminação no país.

Capas em branco
Segundo a Associação Nacional de Prensa (ANP) boliviana, 20 dos 23 jornais do país publicaram na quinta-feira primeiras páginas em branco com uma única frase em protesto contra o projeto: "Sem liberdade de expressão, não existe democracia".

Pouco antes da votação, na quinta-feira, o presidente confirmou que seriam mantidos os dois artigos que geraram a polêmica - um prevendo as sanções para jornais e jornalistas, e o outro estabelecendo penas de prisão de três a sete anos para pessoas condenadas por atos de racismo e discriminação.

Na quinta-feira, líderes de entidades de camponeses que apóiam o governo realizaram greve de fome pela aprovação da medida.

Ouvidos pela BBC Brasil, o senador Eugenio Rojas, do partido governista MAS (Movimento ao Socialismo), o senador da opositora Convergência Nacional, Bernard Gutiérrez, e o diretor da ANP, Juan Javier Zeballos, confirmaram a polêmica.

"Nos meios de comunicação costumam dizer que nós, os indígenas, não somos capazes de governar e de liderar. Essa atitude vem sendo passada de pai pra filho há muitas gerações e temos que mudar essa atitude", disse Rojas, que é indígena aimara.

"A lei não é mordaça, como dizem os donos dos jornais. A lei é preventiva e educativa e prevê mudanças na educação, na capacitação dos professores e na seleção de trabalhadores. Os meios de comunicação devem nos ajudar nesta luta", disse.

'Guilhotina'
Na visão do senador Gutiérrez, a lei é uma "guilhotina" contra os meios de comunicação e os trabalhadores de imprensa.

"A definição sobre o que é racismo é subjetiva. Todos somos contra o racismo e a discriminação. Mas a justiça está dominada por juízes indicados pelo governo. Na pratica, a lei será um golpe à liberdade de expressão", afirmou.

Para Zeballos, o projeto "é um pretexto para atacar e calar os meios de comunicação. Todos os jornalistas, diretores, proprietários de jornais achamos que é necessária uma lei contra o racismo. Mas que esta lei não sirva para violar a liberdade de expressão".

Numa reunião com Evo Morales, esta semana, os representantes dos jornais afirmaram, de acordo com Zeballos, que o texto "obrigará os donos dos meios de comunicação e chefes de redação a censurarem as matérias antes de publicadas e levará o jornalista a se autocensurar".

Segundo ele, a entidade prepara recurso contra a medida em organismos internacionais, como a OEA (Organização de Estados Americanos).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Se eu tivesse seguido a política do Fernando Henrique, o Brasil tinha quebrado"





"Se eu tivesse seguido a política do Fernando Henrique, o Brasil tinha quebrado"

Na segunda parte da entrevista à Carta Maior, o presidente Lula fala das comparações que são feitas entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso, rebatendo a idéia de continuidade. "Nós só chegamos onde nós chegamos porque nós fizemos as coisas diferentes". E aponta uma de suas prioridades para o futuro: "primeiro convencer o meu partido de que a reforma política é importante, e vou trabalhar para isso; e depois, convencer os partidos aliados de que a reforma política é importante. Se tivermos maioria, poderemos votar a reforma política, eu diria, nos próximos dois anos".

Redação - Carta Maior

Na segunda parte da entrevista à Carta Maior, o presidente Lula fala das comparações que são feitas entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso, e rebate a idéia de continuidade. "Se eu tivesse seguido a política do Fernando Henrique, o Brasil tinha quebrado". "Eu me considero um homem de esquerda" diz ainda o presidente, "e os resultados das políticas que nós fizemos são tudo o que a esquerda sonhava que fosse feito".



Algumas pessoas elogiam seu governo dizendo que o presidente Lula é a continuidade do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso...

Presidente Lula: Primeiro vamos ter claro o seguinte: " Nós só chegamos onde nós chegamos porque nós fizemos as coisas diferentes. Eu só queria te dizer que quando eu tomei a Presidência a Petrobras valia US$ 13 bilhões. E hoje a Petrobras vale US$ 220 bilhões. Alguma coisa mudou, sabe. Quando eu cheguei aqui no governo a palavra de ordem era que o governo não poderia gastar, não poderia fazer investimentos porque tudo tinha que garantir o superávit primário. E era preciso cuidar do déficit. Ora, o que aconteceu, o que aconteceu meu filho?

Nós que ficávamos subordinados ao FMI, nos livramos do FMI. Nós, que não tínhamos nenhuma reserva, vamos chegar no final do ano a US$ 300 bilhões de reservas. Nós, que éramos devedores, viramos credores do FMI. E a situação do Brasil mudou radicalmente, ou seja, nós incluímos os milhões de excluídos que não eram levados em conta. Nós éramos um país de economia capitalista sem capital, sem crédito, sem investimento. Eu acho que não... Eu não me importo muito com determinadas avaliações. Quando eu comecei a minha vida política, no Sindicato, tinha gente da ultraesquerda que me chamava de agente da CIA, sobretudo o pessoal do partidão daquele tempo. Quando eu virei favorável... eu era contra a ocupação do Afeganistão pelos russos, aí, eu virei agente da CIA. Então, as pessoas ficavam querendo saber o meu perfil ideológico, então, muitas vezes, eu ia a um debate e as pessoas: “O que você é? Você é isso, é aquilo?”. Eu dizia: eu sou torneiro mecânico. “Você é comunista?”. Não, eu sou torneiro mecânico. É porque eu nunca gostei de ser muito rotulado.

Cada país tem as suas particularidade. Eu acho que os Kirchner, tanto o Néstor quanto a Cristina, têm o seu estilo de governar. O dado concreto é que a Argentina está melhorando, esse é o dado concreto e objetivo. Nosso querido Pepe Mujica tem seu modelo de governar; o fato concreto é que o Uruguai está melhorando. Eu tenho o meu tipo; o fato concreto é que o Brasil está melhorando. O Evo tem seu tipo; o fato concreto é que está melhorando, e assim vale para todo mundo. É isso que me interessa. Esse negócio da imprensa dizer: ”O Lula é bonzinho e o Chávez é mau”. O Chávez tem que ser bom para o povo da Venezuela, e eu tenho que ser bom para o povo do Brasil, e a verdade é que a Venezuela melhorou com o Chávez, essa é a verdade. Quantas eleições o Chávez participou nesse tempo, gente? E ganhou todas, acaba de ganhar mais uma: “Ah, mas não fez a maioria absoluta”. Ótimo, eu acho que vai ser bom para o Chávez, porque ele vai ter que exercitar o debate político com mais força, exercitar mais a democracia. Eu acho isso extraordinário.

Considerando essa posição, o senhor acredita que continua sendo um homem de esquerda?

Presidente Lula: Eu me considero um homem de esquerda, e os resultados das políticas que nós fizemos são tudo o que a esquerda sonhava que fosse feito. Você veja uma coisa: é um pouco um paradoxo que eu seja o único Presidente que este país teve que não tem diploma universitário e sou o Presidente que mais fez universidade, e sou o Presidente que mais coloquei jovens na universidade e que mais fez escolas técnicas. Fomos os que mais geramos empregos, os que mais combatemos a pobreza, os que mais exercitamos os direitos humanos e os que mais fortalecemos a democracia.

Este Palácio aqui não é um palácio em que só entrou príncipe e primeiro-ministro. Neste palácio entra sem-teto, entram todos os representantes das minorias, entram desempregados, entram todos os movimentos. Isto aqui virou um verdadeiro palácio do povo brasileiro, e eu acho que essa é uma política de esquerda não populista, porque a direita também pode ser populista, a direita pode ser populista. Agora, o problema é que você sente no jeito de falar e nos olhos, quando um dirigente é político populista ou quando ele é um político popular. São duas coisas distintas.

Qual é a diferença?

Presidente Lula: A diferença é que um presidente populista, ele, necessariamente, não tem que ter relação com a sociedade, não tem um compromisso com a sociedade. Você faz pesquisa de opinião pública, você sabe quais são as preferências do povo e você passa a falar aquilo que aparece como resultado na pesquisa. Um político populista, necessariamente, ele não tem uma relação com o povo muito forte. Ele decide de cima para baixo e acha que está bom. Um dirigente popular, mais demorado, mas ele prefere construir de baixo para cima, ou seja, fazendo com que a sociedade participe das decisões. Essa é a forma mais extraordinária de você praticar a governança e de você exercitar a democracia.

Eu tenho dito que aqui na América Latina, em vez de nós sermos governantes, nós deveríamos ser cuidadores do povo, porque, na verdade, o que nós precisamos é cuidar de cada mulher, de cada criança, de cada pessoa, sobretudo dos mais necessitados. É cuidar, é priorizar a força que o Estado tem para ajudar aqueles que realmente precisam do Estado. Então, eu penso que isso está acontecendo aqui no Brasil.

Há muita dificuldade no Congresso em votar a reforma política. As pessoas preferem manter o status quo.

As transformações futuras, para se consolidarem e avançar, necessitam, aparentemente, de reformas. O senhor está comprometendo, mais ou menos, com a ideia de uma Assembleia Constituinte autônoma?

Presidente Lula: Então, Emir, eu, dois anos atrás, recebi uma delegação de advogados aqui para discutir a reforma política, e naqueles tempos eu disse que talvez fosse necessário a gente pensar em uma Constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política. Porque o Brasil precisa de reforma política; é inexorável que nós precisamos de reforma política, que você tenha a fidelidade partidária, que você tenha financiamento público de campanha, que você tenha partidos mais fortes, com quem você possa negociar. Quando você constrói coalizão, é uma negociação de vários partidos que vão fazer parte do governo. E se os partidos forem fortes, você negocia com as direções do partido as votações no Congresso. E por isso que eu acho que a reforma política é importante.

Agora, o que eu sinto? Eu sinto que há muita dificuldade no Congresso em votar a reforma política. Porque as pessoas preferem manter o status quo que têm. Então, “quem já é deputado, quem já é senador, para que mudar? Vamos ficar assim mesmo”. Eu acho que é um erro para o Brasil e é um erro para credibilidade do Congresso. E isso não pode ser feito pelo Presidente da República, isso tem que ser feito pelos partidos políticos.

Então, uma das coisas que eu posso contribuir é: primeiro convencer o meu partido de que a reforma política é importante, e vou trabalhar para isso; e depois, convencer os partidos aliados de que a reforma política é importante. Se a gente construir uma maioria, a gente poderá votar a reforma política, eu diria, nos próximos dois anos.



O senhor acha que o Estado também teria que ter reformas? O senhor recebeu um Estado debilitado, em alguns aspectos. A Dilma fala que o Ministério de Minas estava reduzido a dois engenheiros, que tem muito mecanismo de controle e pouco mecanismo de operação, de atividade. Que tipo de melhoria do Estado, reforma do Estado serão necessários, além do sistema propriamente dito?

Presidente Lula: Olha, eu acho que nós precisamos cuidar de tornar o Estado brasileiro menos burocrático e mais ágil. E isso é muito fácil de falar e muito difícil de fazer, porque, para mexer nisso, você vai mexer com as centenas de corporações que, no fundo, no fundo, governam o Brasil. Porque são as instituições que têm o seu poder, seja do Poder Judiciário, seja da Receita Federal, seja da Polícia Federal, seja do Ministério Público...

Ou seja, você tem instituições poderosas que, no fundo, no fundo, são as instituições que têm poder de pressão dentro do Congresso Nacional. Eu vi na Constituinte a experiência do poder de pressão da chamada sociedade organizada. O desafio está em você propor uma reforma no Estado que não seja um estupro, ou seja, que seja uma coisa construída a várias mãos, e que as pessoas percebam que cada um tem que ceder um pouco. E eu acho que tem muita coisa para ser feita, muita, muita coisa, redefinir papel de muita coisa no Brasil. Agora, esse é um processo em que você não pode ter a loucura de imaginar que num mandato de quatro anos você fará. Você tem que construir, eu diria, quase uma ação envolvendo todos os segmentos da sociedade, construir um grupo muito grande para ir pensando as reformas necessárias, discutir com o Congresso Nacional, discutir com um movimento social, e quando você estiver pronto, você fazer.

Eu vou te dar dois exemplos: a questão trabalhista. Eu criei um grupo de trabalho entre o movimento sindical, empresários e governo que chegou quase próximo, mas não chegou a decidir. A reforma da Previdência, tem um grupo de trabalho também criado por mim, que ele chega em algum ponto que trava.

Então, eu estou convencido, pelo que eu conheço do movimento social brasileiro, de que nós estamos num processo de amadurecimento como jamais tivemos no país, uma relação de confiança que está estabelecida entre vários atores da sociedade, que a gente pode dar passos, e eu acho que, certamente, vai depender muito da definição de prioridades se a Dilma for eleita presidente. Não sei quando... Eu estou convencido de que ela vai ser eleita presidente, mas como eu sou um democrata, eu tenho que falar... eu estou dando a entrevista na quinta-feira e a eleição será no domingo – faltam dois dias e meio –, eu sou obrigado a só poder ser contundente mesmo depois da eleição.

Mas eu estou convencido de que essa é uma coisa que ela vai ter que definir, porque um governo, Emir, - essa é uma coisa que eu aprendi também -. um governo, não pode querer fazer 500 coisas. Um mandato é muito rápido. Um mandato demora muito para a oposição, mas para quem está no governo, quatro anos não é nada. Então, ela tem que definir corretamente quais as prioridades dela e atacar aquilo, porque se tentar fazer 500 coisas, ela não consegue fazer.

Veja, o Obama, ele perdeu o primeiro ano para fazer a reforma na área da saúde. Foi aprovada no Congresso, mas até ser executada, vai levar mais um ano. Então, você não pode perder todo o seu tempo apenas numa coisa. O governo tem que utilizar a sua energia positiva para cuidar deste país 24 horas por dia, e esses debates vão fazendo paralelo do governo com os ministros, até que a gente conclua a proposta concreta para mandar para o Congresso Nacional, porque senão trava o governo.

Eu só quero perguntar, Presidente, se o senhor sonha acordado. O que tem em seus sonhos ainda?

Presidente Lula: Eu sou um eterno sonhador. Acredito que o que nós fizemos no Brasil foi apenas dar início ao movimento que consolidou na consciência da maioria do povo brasileiro que é possível saber fazer as coisas diferentes do que vinham sendo feitas, que é possível fazer as pessoas acreditarem que gasto com a saúde não é gasto, é investimento, que quando você dá dinheiro para os pobres é investimento, não é só quando você empresta dinheiro para um rico, quando você dá dinheiro para um pobre é investimento.

Eu sonho que se a sociedade brasileira mantiver, para os próximos anos, a autoestima que ela tem hoje, a credibilidade que ela tem hoje no seu país e a confiança que ela tem no país, o Brasil será um país muito importante nos próximos anos. Então eu sonho com essas coisas internas para melhorar, eu sonho com a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, eu sonho com mais democratização nas instituições multilaterais e eu sonho com mais compromisso na tomada de decisões pelos países mais ricos deste mundo globalizado. Hoje, quando um país rico tiver que tomar uma decisão econômica, ele não tem que discutir apenas os benefícios e os malefícios internos, ele tem que saber qual será a repercussão da decisão em outros países que têm uma economia dependente, sobretudo neste mundo globalizado.

Eu sonho em contribuir para o desenvolvimento da África, eu sonho em ajudar a América do Sul e a América Latina a serem mais fortes, a serem mais ricas, a se desenvolverem mais rapidamente, ou seja, eu vou morrer sonhando que eu não deveria morrer. É assim.

Recentemente o senhor defendeu que é preciso melhorar as relações entre partidos, movimentos sociais e sindicatos da América Latina e da África...

Presidente Lula: Qualquer sindicato da América Latina tem mais reuniões com a Alemanha do que entre nós, ou com os americanos do que conosco mesmos. Então, o que eu quero? Primeiro, que a gente consolide, não apenas uma boa relação partidária, mas uma boa relação sindical, uma boa relação cultural, que os nossos intelectuais... Daí, a minha alegria de poder estar inaugurando a Universidade da América Latina – a Unila – que eu acho um sonho que foi realizado. A aprovação, pelo Congresso brasileiro, da criação da Universidade Brasil-África, que é outro sonho de ter uma universidade aqui para formar gestores, engenheiros, doutores para a África.

Acho que é esse tipo de integração que nós precisamos fazer: em que o Brasil pode ajudar a América Latina? Por exemplo, nós estamos plantando soja em Cuba, nós estamos plantando soja na Venezuela com tecnologia brasileira, com conhecimento tecnológico brasileiro, estamos ajudando. Nós estamos ajudando a Venezuela a construir cadeias produtivas na área de alimentos, nós estamos ajudando a fazer sistemas habitacionais como o Brasil faz, e eu acho que é nisso que nós podemos contribuir. Nós estamos levando a Embrapa para o Panamá, que é a nossa empresa de tecnologia, para ajudar no desenvolvimento agrícola da América Central.

Então, eu acho que é isso que nós poderemos fazer. Eu não tenho mais interesse de voltar para o partido, eu não quero voltar para ser quadro do partido, fazer reunião dentro do partido. Eu já estou com 65 anos de idade. Estatisticamente, eu posso ter mais dez ou quinze anos de vida, eu acredito em estatística. Eu sei que, quando a gente completa 60 anos, cada ano, a partir dali, vale por dez. Então, eu tenho noção de tempo e eu tenho noção de que me resta menos de um quarto do tempo que eu já tive – ou um quinto – para fazer coisas que eu acredito que possam ser feitas. Então, eu tenho que definir e focar corretamente uma ou duas prioridades.



Fonte: Agência Carta Maior