sábado, 23 de outubro de 2010

Juristas apoiam Dilma e dizem não à privatização tucana

Juristas apoiam Dilma e dizem não à privatização tucana



“Pela não privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, das universidades federais e demais entidades estratégicas e por um Brasil cada vez mais justo”, diz o manifesto dos Juristas



Mais de mil juristas, acadêmicos, escritores, estudantes e lideranças sociais participaram do lançamento do “Manifesto de Intelectuais e Juristas em apoio à Dilma Presidente Para o Brasil Seguir Mudando”, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (Tuca), na terça-feira (19).



Durante o evento, o professor titular da Universidade Federal do Paraná, Luiz Edson Fachin, leu o manifesto assinado por renomados juristas e intelectuais, dentre eles, Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Dalmo de Abreu Dallari e Frei Betto. “Nós que no primeiro turno, votamos em distintos candidatos, nos unimos agora em favor de Dilma Rousseff”, diz o documento. E defende “um Brasil cada vez mais justo e igualitário, a liberdade religiosa, a Constituição, a não privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, das universidades federais e demais entidades estratégicas e por uma eleição sem boatos e calúnias”.



Com o acirramento da campanha no segundo turno, onde ficou ainda mais evidente os dois projetos que estão sendo apresentados ao país, o da volta ao desemprego, das privatizações, da submissão do Brasil aos estrangeiros, por um lado, e o aprofundamento do projeto de desenvolvimento econômico e de soberania iniciado no governo Lula, é cada vez maior o número de manifestos dos mais diversos setores, que circulam em todo país em apoio à Dilma.



Além dos Juristas e Intelectuais, nas duas últimas semanas foram lançados manifestos dos Artistas tendo à frente Chico Buarque; dos Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Urbanistas, Geólogos, Geógrafos, Técnicos Industriais e Agrícolas, encabeçado por Oscar Niemeyer; dos professores de todas as Universidades Federais; dos Ambientalistas pró-Marina; dos Trabalhadores Rurais, liderado pela Contag; de Católicos e Evangélicos com os bispos Dom Pedro Casaldáliga e Dom Thomas Balduino; dos Professores e Pesquisadores de Filosofia; de Líderes Sindicais do Setor Portuário capitaneados pela Federação Nacional dos Portuários (FNP) e dos Farmacêuticos pela Federação Nacional dos Farmacêuticos; de Jovens Católicos; do Movimento de Mulheres; do Movimento dos Negros; dos Prefeitos do RN; dos Professores de História; entre tantos outros.



Após o Hino Nacional ser entoado no teatro da PUC-SP, o candidato a vice, Michel Temer, e o coordenador da campanha, José Eduardo Cardozo, receberam o Manifesto de Intelectuais e Juristas em nome de Dilma Rousseff. A candidata não pode comparecer devido a agenda em Goiás. Em mensagem gravada para os presentes, ela lembrou que o Tuca foi palco da resistência à ditadura, e que seu governo continuará lutando pelo aprofundamento da democracia. “Vamos promover crescimento econômico e sustentável, fortalecendo a soberania nacional. Queremos continuar construindo um Brasil novo, onde caiba, sem exceção, cada brasileiro e brasileira”, afirmou Dilma.



O ex-ministro da Justiça, o jurista Márcio Thomaz Bastos, declarou seu voto: “esse governo não é só do Lula. É de todos nós. Dilma é o projeto que queremos”. “Essa proposta de tirar pessoas da miséria, de tirar pessoas da fome, de dar a todos os brasileiros a perspectiva de comer três vezes por dia, é um projeto que está em curso e que vai continuar com a Dilma”, disse Bastos.



SÍMBOLO



Em vídeo, o professor Emérito da PUC-SP, Celso Antônio Bandeira de Mello, manifestou seu apoio. “Dilma simboliza o que há de melhor, uma mulher provada na defesa da democracia. Ela foi um dos protagonistas desse processo que representou a liberação de milhões de brasileiros da miséria. O outro candidato tem promessas, ela tem fatos”, disse o jurista. “Tenhamos orgulho de escolher uma mulher. É um orgulho para todas as mulheres brasileiras e é um orgulho para um brasileiro saber que há mulheres como ela em nosso país”.



A esposa de Paulo Freire, Nita Freire, disse, emocionada, que se o educador estivesse vivo, estaria presente no ato. Nita relembrou a presença de Oscar Niemeyer na atividade com artistas e intelectuais que ocorreu um dia antes no Rio de Janeiro. “Se ontem, assistimos uma das coisas mais lindas desse mundo. Um homem com 102 anos sai de sua casa pra dizer ‘Dilma você será nossa presidenta’, eu tenho certeza que Paulo estaria hoje aqui, com seus 89 anos, dizendo ‘Dilma você é nossa presidenta’”.



O presidente da UNE, Augusto Chagas, chamou de "traidor" o candidato Serra. “A UNE continua ao lado da Petrobrás, dos professores, da universidade pública. Quem traiu e mudou de lado foi ele”, disse.



Participaram do encontro, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, a deputada federal Luiza Erundina, a senadora eleita Marta Suplicy, o deputado federal eleito Gabriel Chalita e o padre Lancellotti. O ex-reitor da PUC Antônio Carlos Caruso também registrou presença.



Durante o ato, mais três manifestos em apoio à Dilma foram apresentados, de policiais do estado de São Paulo, de defensores públicos do estado de São Paulo e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).


Fonte : Jornal Hora do Povo.

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