segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Filme chileno e documentário sobre guerra antidrogas triunfam em Sundance

Filme chileno e documentário sobre guerra antidrogas triunfam em Sundance




France Presse



Publicação: 29/01/2012 15:37 Atualização:

Park City - O filme chileno "Violeta se fue a los cielos" sobre a cantora Violeta Parra, um documentário sobre a guerra contra as drogas nos Estados Unidos e uma história fantástica ganharam neste sábado os grandes prêmios do festival de cinema independente de Sundance.

Na seção internacional, "Violeta se fue a los cielos" recebeu o Grande Prêmio do Juri ao término da 28ª edição do festival realizado em Park City (Utah, oeste).

Já o Grande Prêmio de Ficção americano, o mais prestigioso do evento, ficou com "Beasts of the Southern Wild", um filme repleto de animais imaginários que narra as aventuras de uma menina de seis anos nos confins do mundo.

"The House I Live In", de Eugene Jarecki, que retrata com uma visão crítica a guerra contra as drogas iniciada há 40 anos pelos Estados Unidos, ganhou o Grande Prêmio de Documentário americano.

"Este é um reconhecimento que recebemos em nome de toda a comunidade cinematográfica chilena, gostaria estar aí para comemorar com vocês", disse o diretor de "Violeta se fue a los cielos", Andrés Wood, por meio de uma nota em inglês lida na cerimônia.

O filme conta a história da cantora e compositora chilena, Violeta Parra, que se suicidou em 1967 com um tiro na cabeça.

Já o filme vencedor "Beasts of the Southern Wild" foi realizado como parte de um programa do Instituto Sundance, que organiza o festival.

"Espero que este filme seja como uma bandeira para os produtores, para que permitam que os diretores explorem o mundo, não apenas criativamente, mas também fisicamente, e que cheguem até o final do mundo, como nós fizemos", disse sua diretora, Zeitlin, ao receber o prêmio por seu primeiro longa-metragem.

O documentário de Jarecki revisa a história da chamada "guerra contra as drogas" que levou milhões de pessoas, principalmente negros e hispânicos, à prisão.

"O resultado da guerra contra as drogas nos Estados Unidos é uma tragédia. Temos 2,3 milhões de pessoas na prisão, mais que qualquer outro país no mundo. É um segredo terrível e trágico", declarou o diretor ao receber o prêmio.

Por fim, o Grande Prêmio do Juri de Documentário Estrangeiro foi concedido ao filme israelense "The Law in These Parts", que se pergunta, através de testemunhos de juízes, sobre a fundamentação da lei de emergência criada em 1967 por Israel para os territórios palestinos ocupados.

Outros vencedores da noite foram o filme turco "Can", de Rasit Celikezer, e os documentários "Love free or die" de Macky Alston, "Ai Weiwei: Never Sorry" de Alison Klayman e "Searching for Sugarman", de Malik Bendjelloul, que receberam prêmios especiais do Juri.

Este último filme também recebeu o prêmio do público, concedido também ao filme indiano-americano "Valley of the Saints", de Musa Syeed, ao americano "The Surrogate", de Ben Lewin, e ao documentário "The Invisible War", de Kirby Dick.

Neste ano Sundance apresentou cerca de 120 longa-metragens, dos quais 58 estavam em concorrência.

O festival, fundado pelo ator Robert Redford para fazer contrapeso aos estúdios hollywoodianos, ao oferecer uma vitrine à produção independente, se tornou nos últimos anos o maior festival dos Estados Unidos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ministério da Saúde anuncia medidas para tratamento de viciados na Cracolândia

Ministério da Saúde anuncia medidas para tratamento de viciados na Cracolândia


O ministro da saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (18), um investimento de R$ 6,4 milhões para programas de tratamento de dependentes químicos na região da Cracolândia, centro da cidade de São Paulo.

O anúncio foi feito durante a primeira visita do ministro a São Paulo depois de começadas as operações do governo de Geraldo Alckmin de expulsão dos usuários da região “pela dor e sofrimento”, como definiu Luiz Alberto Chaves de Oliveira, coordenador de políticas de drogas da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania.

O ministro também anunciou que 16 equipes de saúde que atuam em São Paulo passarão a receber subsídios do governo federal para se tornar “consultórios de rua”, e que está estudando, junto à prefeitura, fazer com que algumas unidades do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) funcionem 24 horas, dentre as quais as unidades na Rua Prates e Jardim Ângela já foram selecionadas.

Padilha anunciou ainda a criação de dez residências terapêuticas - consideradas a última etapa do tratamento de dependentes químicos – em São Paulo até março deste ano. Esses centros são responsáveis pela reinserção do paciente na sociedade como, por exemplo, a procura por um emprego, etc.

Fonte: A Hora do Povo

domingo, 15 de janeiro de 2012

Dilma vai endurecer regras para rádio e TV

Dilma vai endurecer regras para rádio e TV

Segundo decreto, interessado em obter licença para concessões terá de comprovar que pode bancar a emissora
Forma de pagamento também foi alterada -o vencedor terá de desembolsar o valor da concessão à vista

MAELI PRADO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff deverá assinar na segunda-feira o decreto que deixará mais rígidas as regras para concessões de rádio e televisão no país.
Na tarde de ontem, a presidente chamou o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que está em férias, para fazer "ajustes" no decreto, em discussão no governo desde o ano passado.
Pelas novas regras, os interessados em adquirir novas licenças terão de comprovar capacidade financeira para bancar a montagem das emissoras de rádio ou TV.
Para isso, a principal mudança prevista é o aumento do valor da caução. Hoje, os interessados em disputar uma outorga são obrigados a fazer um depósito de 1% do valor da licença para participar da disputa.
A Folha apurou que o ministério pretendia aumentar esse percentual para 20%, mas a presidente Dilma pediu ao ministro que não só revisse o índice como criasse mecanismos alternativos para licenças de elevado valor.

O objetivo seria dar tratamento especial aos grandes projetos de emissoras.

PAGAMENTO

Outra mudança prevista é a forma do pagamento pela concessão. Decidido o vencedor da disputa pela licença de rádio ou TV, o desembolso será à vista.
As regras em vigor atualmente permitem o parcelamento. Primeiro, paga-se metade do valor e, ainda assim, após a aprovação do nome do vencedor (e do projeto da emissora) pelo Congresso. O restante é pago após um ano.
As mudanças ocorrem após reportagem da Folha que, em março do ano passado, revelou irregularidades cometidas por empresas na negociação de concessões públicas de rádio e TV.

Na ocasião, quase metade das 91 empresas investigadas pela reportagem não funcionava nos endereços informados ao ministério. Entre seus proprietários estavam funcionários públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros com renda incompatível com o negócio.
Desde que decidiu alterar as regras, o ministério suspendeu novas licitações. (texto enviado por e-mail).