sábado, 31 de outubro de 2009

A virtude pedagógica da Confecom

A virtude pedagógica da Confecom


Por Altamiro Borges

Apesar das escaramuças e rasteiras, a convocação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) já pode ser considerada uma grande vitória. Num curto espaço de tempo, milhares de brasileiros estão se envolvendo no debate estratégico sobre o papel da mídia na atualidade. Na semana passada, segundo balanço parcial, ocorreram mais de 60 etapas municipais, conferências livres da juventude, encontros sindicais e outros eventos para discutir o temário da Confecom. O saldo pedagógico deste rico processo, agregando milhares de pessoas, é incalculável.

Diagnóstico e propostas concretas
No conjunto, estas iniciativas cumprem dois objetivos básicos. Em primeiro lugar, elas colocam no banco de réus a mídia hegemônica, altamente concentrada e perigosamente manipuladora. Em todos estes eventos, os participantes criticam a crescente monopolização do setor, sua conduta de criminalização das lutas sociais – o alvo do momento é o MST –, as deformações dos valores humanistas e civilizatórios, a sua postura golpista. Como os barões da mídia se recusam a tratar de seus defeitos e nem sequer divulgam a Confecom, é a sociedade que escancara os seus podres.

O segundo mérito é que, além de fazer o diagnóstico do setor, os presentes também apresentam propostas para democratizar os meios de comunicação. Alguns consensos vão se forjando nestes debates: 1) novo marco regulatório, que coíba a concentração do setor e garanta a diversidade informativa; 2) revisão dos critérios de concessão pública para as emissores privadas de rádio e TV; 3) fortalecimento da rede pública de comunicação; 4) fim da criminalização da radiodifusão comunitária; 5) política pública de inclusão digital, garantindo “banda larga para todos”; 6) revisão dos critérios da publicidade oficial, incentivando a pluralidade; 7) medidas de estimulo à participação popular e ao controle social, com a criação dos conselhos de comunicação.

Cai a máscara dos barões da mídia
Os latifundiários da mídia fizeram de tudo para sabotar o debate democrático na sociedade sobre os meios de comunicação. Eles impediram a regulamentação dos dispositivos da Constituição de 1988; abortaram todas as iniciativas democratizantes do setor; chantagearam e enquadraram os poderes públicos; desqualificaram os críticos da monopolização e da manipulação midiática, apresentando-os como algozes da censura; contiveram ao máximo a convocação da Confecom.

Quando o governo Lula finalmente decidiu convocar a conferência, eles tentaram sabotá-la. Num gesto desesperado, seis das oito entidades empresariais abandonaram a comissão organizadora do evento. Com isso, os barões da mídia demonstraram que não têm qualquer compromisso com a democracia; que o discurso da “liberdade de expressão” é pura retórica; que eles não defendem a “liberdade de imprensa”, mas sim a “liberdade dos monopólios”. Esta conduta autoritária pode representar um tiro no pé. No esforço pedagógico da Confecom, cai a máscara dos barões da mídia.

Altamiro Borges é jornalista e diretor do Portal Vermelho

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Comissão aprova obrigatoriedade de seguro para jornalista em áreas de conflito

Comissão aprova obrigatoriedade de seguro para jornalista em áreas de conflito
Por Izabela Vasconcelos*


A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na última semana o Projeto de Lei 5177/05, do deputado Celso Russomanno (PP-SP), que obriga as empresas jornalísticas a contratar seguro de vida, com cobertura nos casos de riscos de morte e invalidez, para jornalistas profissionais que atuam ou forem transferidos para áreas de conflito.



A proposta inicial de Russomanno previa a cobertura de mil salários mínimos (R$ 465 mil), mas a quantia foi revista pelo deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), relator do Projeto, que estipulou o valor mínino em 250 salários mínimos (R$ 116.250, em valores atuais). Com a diminuição do valor, o texto foi aprovado.



Para Resende, a alta quantia da proposta inicial prejudicaria algumas empresas de contratar jornalistas, principalmente após o fim da exigência de diploma para o exercício da profissão, decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).



"Em negociação com entidades de comunicação de todo o País definimos o valor. Algumas empresas não têm nenhuma condição de arcar com esse seguro", explica Resende sobre a quantia prevista inicialmente no Projeto.



O deputado Celso Russomanno, que também é jornalista, afirma que apesar da queda do valor inicial do seguro, a aprovação já é um avanço para a categoria. "Na verdade não é o ideal, mas já é um avanço, porque houve uma pressão muito grande das empresas de comunicação nos deputados. As famílias dos jornalistas que trabalham em países em conflito precisam ter o mínimo de garantia", declarou.



O projeto ainda será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Mas, de acordo com Russomanno, essas são etapas mais simples. "O mais difícil já passou, agora essas etapas são mais fáceis", concluiu.



*Izabela Vasconcelos, de São Paulo, do site Comunique-se.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

34º Sarau Países Andinos - Tributo a Mercedes Sosa


SEXTA-FEIRA, DIA 23 DE OUTUBRO DE 2009

ENCERRAMENTO DO 34º CICLO DE LEITURAS-PAÍSES ANDINOS

9H30- OFICINA DE CRÔNICA, CONTOS E POESIA- EXPRESSIVIDADE-CORREÇÃO DOS EXERCÍCIOS DO ÚLTIMO ENCONTRO.
11H00- PALESTRA DE MARCO ANTUNES- CONSCIÊNCIA DE ORALIDADE NA FICÇÃO E NA POESIA
12H00 - LANCHE COMUNITÁRIO
12H10- AULA DE ENCERRAMENTO DO 34º CICLO DE LEITURAS-PAÍSES ANDINOS
GABRIEL GARCIA MARQUEZ
MÁRIO VARGAS LLOSA E OUTROS

luz é como a água
Por Gabriel García Márquez

34º Sarau Países Andinos - LEIA COM ATENÇÃO.
Tributo a Mercedes Sosa

O Sarau dos países andinos (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela) será realizado dia 26 às 20h00 no Teatro Garagem do SESC, 913 SUL, contará com a mais completa Seleção de Cantores já levada a um Sarau Rogério Midlej, que encantou no Sarau dos Estados Unidos, Nestor Kirjner e Virgínia Studart , que encantaram no Sarau da França e marcando a estréia de Olivar. Apenas canções de Mercedes Sosa. A mais incrível seleção de escritores: Os VENCEDORES DO Prêmio Nobel de Literatura: Gabriel Garcia Marquez, Pablo Neruda, Gabriele Mistral e os sempre apontados como os melhores do século XX: Jorge Luis Borges da Argentina e Mário Vargas LLosa do Peru.
Desta vez, o público poderá assistir de mesas ou da arquibancada.
As mesas serão disponibilizadas para grupos de 4 pessoas (a mesa, por fazer parte do cenário geral do show, não podem ter lugares vazios, dessa forma,só será entregue a mesa no dia, mesmo com reserva, com a presença dos 4 ocupantes, caso contrário a mesa será oferecida ao outro grupo de pessoas com reserva feita) e a reserva pode ser feita pelos e-mail literaturadecamara@uol.com.br É grátis. O coquetel será servido durante a apresentação!
Término impreterivelmente às 22h30.

Veja o Mapa do Teatro e localização das Mesas. Pedir indicando o Setor com pelo menos 5 opções.


Setor Argentina:

Mesa Principal:
1-Roberto Klotz
2-Oswaldo Pullen
3-Ana Lúci Nogueira
4-Olívia Maia
5-Acompanhante da Olívia
6-Acompanhante Oswaldo ou Klotz

Mesa 1- Janette Carmen D'Avila e 3 acompanhantes
Mesa 2 - Eduardo de Castro e 3 acompanhantes
Mesa 3- vago
Mesa 4- vago

Setor Bolívia:
Mesa Principal:
1-Aldemita
2-Marcelo Larroyed
3-Olivar
4-vago
5-vago
6-vago

Mesa 1- Vani Ochoa Emert e 3 acompanhantes
Mesa 2 - Vago
Mesa 3-vago

Setor Colômbia:

Mesa Principal:
1-Alexandra Rodrigues
2-Isolda Marinho
3-Virgínia Studart
4-Nestro Kirjner
5-vago
6-vago

Mesa 1- Aldemeriza Ricker e 3 acompanhantes
Mesa 2 - Vago
Mesa 3-vago


Setor Peru:

Mesa Principal:
1-Leila Portela
2-Chica Picanço
3- Graça, com Chica
4-Vago
5-Vago
6-Vago

Mesa 1- Conceição Moreira Salles e 3 acompanhantes
Mesa 2 - Cleide dos Santos Oliveira e 3 acompanhantes
Mesa 3- vago
Mesa 4- vago

Setor Venezuela:

Mesa Principal:
1-Arlete Silvia
2-Luiz Cláudio Pachá
3-Rogério Midlej
4-Eduardo Schetini
5-vago
6-vago

Mesa 1- Espaço Cultural
Mesa 2 - Vago
Mesa 3-vago


Setor Equador:

Mesa Principal:
1-Liana Ferreira
2-Luiz César
3-Beatriz Mendonça
4-vago
5-vago
6-vago

Mesa 1- Mirian Thereza Porto
Mesa 2 - Vago
Mesa 3-vago


Setor Chile:

Mesa Principal:
1-Francine Figueiredo
2-Clemens Santos
3-Márcio Bonfim
4-Vago
5-Vago
6-Vago

Mesa 1- Bruno Guedes e 3 acompanhantes
Mesa 2 - Mariza Prata Braga e 3 acompanhantes
Mesa 3- vago
Mesa 4- vago

Arquibancada 1:

terça-feira, 20 de outubro de 2009

TV Câmara ganha menção honrosa por documentário sobre Chico Mendes

Aconteceu - 20/10/2009 19h03
TV Câmara ganha menção honrosa por documentário sobre Chico Mendes

A TV Câmara recebeu menção honrosa do 31º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, com o documentário Chico Mendes, Cartas da Floresta. A premiação será entregue na próxima segunda-feira (26), em São Paulo.

Cartas, bilhetes e entrevistas mostram como Chico Mendes - criado longe dos bancos da escola - aprendeu a ler e a escrever, e se tornou o maior líder seringueiro que o Brasil já conheceu. Além de testemunhar a luta dos seringueiros contra a pressão do latifúndio e a devastação da floresta, os textos revelam detalhes de como era o dia-a-dia de Chico Mendes.

A narração das cartas é intercalada com depoimentos atuais, gravados pela TV Câmara na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, 20 anos após o assassinato do líder seringueiro. Participam do documentário o escritor e jornalista Zuenir Ventura, a antropóloga Mary Allegretti, seringueiros, amigos e parentes de Chico Mendes, entre eles as filhas Elenira e Ângela.

Com direção de Dulce Queiroz e música de Victor Araújo, a produção mostra, de forma delicada, como Chico Mendes conseguiu chamar a atenção do Brasil e do mundo para a necessidade de se preservar a floresta, numa época em que as preocupações com o meio ambiente não constavam da pauta política. De sua luta resultou a criação das reservas extrativistas.

Outros prêmios
Em 2004, dois documentários da TV Câmara receberam o prêmio Vladimir Herzog, a mais importante premiação jornalística da área de direitos humanos do País: "Florestan Fernandes - O Mestre" e a série "Contos da Resistência", composta por quatro episódios sobre o golpe de 1964 e a redemocratização do País.

Em 2005, o feito se repetiu. A TV ganhou um prêmio Vladimir Herzog na categoria Documentário, com o programa Brasileiros: "100 Dimensão", e outro na categoria Reportagem de Noticiário Diário, com a série "Índios, 500 anos de resistência", apresentada no Câmara Hoje. Outras produções da TV Câmara também mereceram distinções em 2005.

O programa Foco "Microcrédito" obteve o Prêmio Betinho de Imprensa Livre, oferecido pela Agência Betinho de Desenvolvimento, e o jornalista Paulo José Cunha ganhou o Prêmio Engenho de Comunicação 2005 na categoria "Comunicador da Comunicação", pelo
Programa Comitê de Imprensa.

Em 2006, "A Ilha de Dom Sebastião" levou dois importantes prêmios no 29º Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo de São Luís (MA): Melhor Documentário da Mostra Refestança e Troféu Guarnicê de Melhor Argumento para a roteirista Marcya Reis.

Em 2007, a TV Câmara recebeu o Prêmio IGE de Jornalismo - Pelo Direito dos Brasileiros à Educação de Qualidade na categoria Televisão Nacional. A matéria vencedora tratava de um dos principais problemas da educação brasileira: a reprovação. Era a primeira reportagem de uma série especial sobre grandes temas nacionais, exibida no período eleitoral, com o objetivo de oferecer ao cidadão elementos para fazer uma escolha mais consciente.

Também em 2007, o Programa Comitê de Imprensa recebeu menção honrosa no Prêmio Confea de Jornalismo, pela edição em que os deputados Ibsen Pinheiro e Alceni Guerra relatam o drama de quem é acusado sem comprovação pela imprensa.


Da Assessoria de Imprensa/SR

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara

CCJ da Câmara deve votar na quarta volta do diploma de jornalista

CCJ da Câmara deve votar na quarta volta do diploma de jornalista

Por Rodolfo Torres e Fenaj


Esquecida por parte da imprensa e aclamada por milhares de internautas brasileiros. Dessa forma a PEC dos Jornalistas, proposta que retoma a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, será analisada nesta quarta-feira (21/10), às 14h30, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

De acordo com os deputados petistas Maurício Rands (PE) e Paulo Pimenta (RS), a pressão via web está sendo de fundamental importância para que a matéria possa vir a ser promulgada, revertendo recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a obrigatoriedade do diploma.

"É um exemplo da mobilização da população por meio de sites, blogs etc. Mas é importante que os interessados se mobilizem", afirma Rands, relator da matéria na CCJ. O parecer do petista, favorável à volta da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, afirma que a proposta não ataca cláusula constitucional, argumento levantado pela maioria dos ministros do Supremo para derrubar a exigência do diploma.

O parecer deveria ter sido apreciado pelo colegiado na quarta-feira (14/10). Contudo, um pedido de vista adiou a análise da proposta.

O autor da proposta está esperançoso quanto à sua aprovação: "As mídias sociais, os estudantes de Jornalismo, os sindicatos... todos começaram a cobrar, pela internet, para que os deputados assinassem a PEC", afirma Paulo Pimenta. De acordo com o congressista, milhares de e-mails já chegaram à sua caixa de mensagens solicitando a aprovação da PEC.

O silêncio sobre a PEC - O petista gaúcho, jornalista por formação, critica a falta de cobertura jornalística em relação à proposta. "Chega a ser ridículo o silêncio da imprensa em relação à sua própria atividade", declara.

Para ele, a linha editorial adotada por alguns veículos é de "evitar o debate". "É como se o assunto não existisse", avalia. O parlamentar gaúcho demonstra ironia em relação ao assunto: "É capaz de a PEC ser aprovada sem ser noticiada".

Na visão do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, há um "sentido claro e proposital de omitir o debate" sobre a volta da exigência do diploma de jornalista. "Eles procuram tirar esse assunto da discussão pública."

Sérgio Murillo também destaca a importância do papel da internet nesse caso. "Os tempos mudam. As tecnologias têm cada vez mais influência na vida social. É raro ver um parlamentar que não tenha site", afirma. No entanto, ele ressalta que seria exagero atribuir exclusivamente à internet a pressão para que a matéria seja aprovada.

Conforme explica, sindicatos de jornalistas de todo o país acompanham o presidente do STF, Gilmar Mendes, protestando contra a decisão da corte. Além disso, o presidente da Fenaj acrescenta que todos os membros da CCJ foram procurados por presidentes de sindicatos regionais.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

TV Brasil e Agência Brasil ganham Prêmio Vladimir Herzog

TV Brasil e Agência Brasil ganham Prêmio Vladimir Herzog
Publicado em 16 de outubro de 2009


A TV Brasil e a Agência Brasil foram as vencedoras do 31° Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria Direitos Humanos Intangíveis, que este ano teve como tema especial o analfabetismo funcional. A Agência ganhou com a reportagem especial multimídia "Analfabetismo: a exclusão das letras", veiculada em maio de 2009. A TV Brasil recebeu menção honrosa na mesma categoria com série de três reportagens sobre educação.

A reportagem especial "Analfabetismo: a exclusão das letras" foi produzida pela repórter Amanda Cieglinski, com colaboração de jornalistas das sucursais da Agência Brasil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e Manaus, da equipe de fotografia e da equipe multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A reportagem traz um retrato do analfabetismo no Brasil. Com a contribuição de especialistas e depoimentos de quem enfrenta as dificuldades da falta de letramento no dia a dia, o especial aponta as principais causas do problema e possíveis caminhos para que o país supere esse desafio.

Já a série de reportagens televisivas, produzida pelo repórter Fábio Féter em escolas de ensino fundamental e médio da rede pública da grande São Paulo, apresenta desafios da educação, com questionamentos sobre como educar e para que educar, além de abordar o problema do analfabetismo funcional. A série foi veiculada entre julho e agosto de 2009.

Em 2008, a Agência Brasil também foi vencedora do prêmio Vladimir Herzog, na categoria internet, pelo webdocumentário Nação Palmares. No mesmo ano, Fábio Féter recebeu o Prêmio Caixa de Jornalismo Social e Negócios em Turismo com a rap-reportagem "Favela toma Conta".

A cerimônia de entrega do 31° Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será realizada no dia 26 de outubro, em São Paulo.

O Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dos mais importantes para o jornalismo brasileiro, foi instituído em 1979 pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura militar, torturado e morto nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975.

domingo, 18 de outubro de 2009

Brasil / Solidariedade: Veja histórias de mães que dão exemplo de solidariedade e coragem

Brasil / Solidariedade

18/10/09 - 21h01 - Atualizado em 18/10/09 - 21h32

Veja histórias de mães que dão exemplo de solidariedade e coragem
Jovem amamentou menina desconhecida durante incêndio em favela.
Trajetória de Flordelis dos Santos, que adotou 46 crianças, virou filme.

Do G1, com informações do Fantástico

Uma doméstica de 22 anos. Uma ex-professora de 48 anos. Uma mulher com um carrinho de bebê na estação de trem, da qual nem o nome se sabe. Em comum, todas elas têm o instinto materno e histórias emociantes e exemplares.



Veja o site do Fantástico

No meio da correria durante um incêndio em uma favela de São Paulo, no domingo passado, 11 de outubro, alguém se lembrou das pessoas mais indefesas. Entre a confusão, a empregada doméstica Janaína Miranda parou para amamentar a pequena Beatriz, uma criança que ela nem conhecia. “Não, eu não conheço. Dá dó de ver criança chorando com fome. Eu já passei por isso”, disse ela no dia.

A pequena Beatriz, de 6 meses, é filha de Érica do Val: “Quando a gente avistou o fogo, todo mundo ficou desesperado. As pessoas do prédio ligaram as mangueiras para molhar os barracos para ver se não chegava até onde a gente morava, mas não teve jeito. Quando eu dei a volta o fogo já estava do lado da minha casa", lembra ela.


saiba mais
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Janaína, a mulher que deu de mamar, tem 22 anos e nem morava na favela. Vive um conjunto habitacional logo ao lado. “Na hora que eu saí, a minha vizinha falou: 'Janaína, tem alguma favela pegando fogo'. Avisei as outras pessoas daqui e falei: 'Vamos para lá, vamos ajudar, vamos tentar apagar o fogo'."

Começava assim uma história de carinho no meio da tragédia. Uma semana depois, em meio às cinzas da favela, ela conta que teve que enfrentar o trauma de um outro incêndio, que viveu quando era criança. “Quando eu tinha 7 anos de idade, meu irmão morreu dentro do barraco quando era bebezinho. Por isso que eu não gosto de ver essas cenas”, lembra Janaína.

Enquanto os barracos queimavam, Janaína procurou primeiro os amigos que moravam na favela: “Eu só sosseguei depois que eu achei eles. Foi na hora que apareceu a bebê que estava com fome."

Janaína, que tem quatro filhos e está grávida, se ofereceu para alimentar a menina, que chorava. “Ela ficou chorando e aquilo começou a me apertar. Eu olhava, disfarçava. Eu falei: 'Você quer que eu dê de mamar para ela? Eu tenho leite. Eu amamento'. Mas ela ficou 'meio assim'. Eu falei: ‘Não, me dá que eu amamento'. Ela só parou de chorar quando eu coloquei o peito na boca dela."

Érica e Janaína se reencontraram depois do incêndio. No dia do reencontro, quando viu a pequena Beatriz, Janaína sorriu. E ganhou um agradecimento de Érica: “Eu queria agradecer, dizer muito obrigado por você ter esse ato de amor [...]. A Beatriz quer agradecer né, Bia? Muito obrigado, né?”, diz a mãe da menina.

Naquele dia, no meio do incêndio, havia outros bebês esperando pelos pais. A pequena Beatriz foi a primeira, mas não a única criança a ser amamentada pela Janaína. “Dei [de mamar] a cinco ou seis crianças. [...] Não estou muito bem lembrada”, lembra a empregada doméstica.

A empregada doméstica Janaína, que havia combinado de trabalhar no domingo à noite, faltou e acabou demitida pela patroa. “Ela falou: ‘Arrumei outra pessoa, não precisa, e eu vou viajar’”.



Mesmo assim, Janaína não se arrepende: “Foi gostoso pegar ela [Beatriz] no colo, fora as outras crianças que eu peguei para dar de mamar naquele dia. Eu me senti a pessoa mais importante do mundo, nos poucos momentos que eu fiquei com eles."



50 filhos

Flordelis dos Santos, uma ex-professora, de 48 anos de idade, criada na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, é uma outra mulher que é exemplo de solidariedade. Ela tem 50 filhos, 4 biológicos e 46 adotados. A vida dessa mulher acaba de virar filme.

Flordelis, o marido Anderson e os 50 filhos moram há um ano e meio em uma casa em Niterói, no Rio de Janeiro. O aluguel é pago por dois empresários, sensibilizados pela luta dessa mãe. Há 18 anos, quando ainda morava numa favela, Flor começou a adotar adolescentes envolvidos com drogas e crianças abandonadas pelos pais.

“Na comunidade, eu comecei a ver um monte de coisas difíceis acontecendo e o que mais me despertou foi a reação das mães. As mães sofrem muito quando os filhos entram para o tráfico. Muitas se dão por vencidas, ficam cansadas de lutar e acabam desistindo. Eu decidi sair na comunidade atrás dos meninos viciados”, conta Flordelis.



Em uma única noite, em 1994, depois de uma chacina na Central do Brasil, ela recolheu e levou para casa 37 crianças. Foram muitas as dificuldades de Flordelis dos Santos para manter a guarda de tantos filhos adotados. Em 1995, enfrentou oito processos do juizado de menores. "Eu decidi enfrentar tudo e todos. Só que eu tive que fugir, porque tinha um mandado de busca e apreensão das crianças e prisão", lembra ela.



A batalha desta mulher é o tema de um filme que estreou esta semana em todo o Brasil, “Flordelis, basta uma palavra para mudar", dirigido por Marco Antonio Ferraz e Anderson Corrêa.



Artistas famosos ficaram tão comovidos com a história dessa mulher que se ofereceram para participar do filme sem nenhuma remuneração. É o caso de Alinne Moraes, que faz o papel de Vanessa dos Santos, uma das filhas de Flor, que morreu da Aids em 2007, com apenas 19 anos.

“Num momento que ela estava já terminal, [...] ela me pediu para cantar. Eu cantei para ela. Ela não estava falando mais e conseguiu gritar. Deu um grito, depois que já estava sem força para falar, e disse: ‘Mãe, não esquece que eu te amo’."



Outras histórias

Um segundo de descuido e o anúncio de uma tragédia. As imagens de um carrinho de bebê caindo nos trilhos de uma estação de trem na Austrália, assustaram o mundo esta semana. A mãe tenta correr quando vê o carrinho deslizar, mas o trem chega. Parecia o fim, mas aconteceu um milagre. A criança de 6 meses sobreviveu graças ao cinto de segurança do carrinho e ao espaço amplo entre o trem e os trilhos.

Mãe e filho, que não foram identificados, seguiram para o hospital. A criança sofreu apenas um galo na testa.

Em 2005, na Coreia do Sul, outra mãe passou por sufoco semelhante. Ela tenta entrar com um carrinho de bebê no vagão do metrô, mas a porta fecha. Depois, tenta soltar o carrinho e não consegue. Ela tira a criança no momento em que o trem começa a andar, mas a roupa dela também está presa e a mulher é arrastada. Apesar do susto, mãe e filha não se machucaram.

Mês passado, no Espírito Santo, cabeleireira Ioná França também colocou à prova seu instinto materno. Assaltantes renderam o carro da família. Todos desceram, menos a filha de 6 anos.

“Coisa de segundo. Eu avistei a minha filha mais nova agachada. Eu me enfiei dentro do carro para poder resgatar. Me joguei com tudo. Meu corpo estava metade para dentro e a metade para fora. Foi onde ele andou, prosseguiu com o carro em alta velocidade e eu fiquei agachada no chão. Minha filha veio rolando. Na hora, realmente, a gente não pensa na nossa vida, não pensa em mais nada. É somente o querer resgatar a filha, o amor mesmo, o instinto de mãe”, conta.

“Do ponto de vista fisiológico, diante de uma situação de risco, uma reação se dá em todo o corpo. Tudo isso é amplificado por alguma coisa que se denomina o amor ou sentido de preservação da própria espécie e de si próprio. Nós arranjamos forças que não supúnhamos que tivéssemos, entende?”, explica o psiquiatra João Alberto Carvalho.

Foi o que fez a faxineira Maria Jerônima Campos, de Franca, interior de São Paulo. Mesmo sem saber nadar, ela pulou em um poço para salvar o filho. O desespero dela foi registrado por um fotógrafo profissional e as imagens viraram notícia no Brasil inteiro.



“Tem hora que eu fico me perguntando onde que eu achei tanta força e coragem para fazer isso. Na hora eu não pensei nada, só pedi a Deus que salvasse meu filho”, diz ela.



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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania"

Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania"

Por Assessoria de Comunicação


No próximo dia 18 de Outubro, a campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" comemora a quarta edição do Dia Nacional Contra a Baxaira na TV. Neste dia, haverá a exibição do programa Ver TV Especial às 17:00 h na TV Brasil e TV Câmara, onde será divulgado o resultado da enquete sobre qual é o melhor programa da TV aberta. Por isso, convidamos você telespectador a votar na nossa enquete. Vote, participe, sua atitude faz toda a diferença! Para votar acesse:



http://www.eticanatv.org.br/index.php?sec=1&cat=1&pg=28&poll_id=7

http://www.eticanatv.org.br/index.php?sec=1&cat=1&pg=28&poll_id=7



Assessoria de Comunicação

Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania"

(61) 3216-6574

(Fonte) Site do Sindicato dos Jornalistas

domingo, 4 de outubro de 2009

La canción es urgente - Mercedes Sosa





Uma homenagem singela, à cantora dos excluídos, honrava no seu canto as causas sociais. Foi-se a voz, ficaram as sementes....Tânia

Mercedes Sosa

La canción es urgente,
es un río creciendo,
una flecha en el aire,
es amor combatiendo

Quiero dártela ahora
que es la hora del fuego,
que es la hora del grito
que es la hora del pueblo

Que nos una amorosa,
que nos pegue en el pecho,
que si vamos cantando
no podrán detenernos

Que tu voz la levante,
que la suelte en el viento
y que suene a victoria
cuando rompa el silencio

Que tu voz la levante,
que la suelte en el viento
y que suene a victoria
cuando rompa el silencio

La canción es simiente,
es de barro y de cielo,
es semilla y espiga,
es futuro y recuerdo

La canción es urgente,
va y viene compartiendo
con dolor y alegría
el mismísimo sueño

Quiero dártela ahora
con las ganas que tengo
con el nombre de todos
los que no se rindieron

Que tu voz la levante,
que la suelte en el viento,
y que suene a victoria
cuando rompa el silencio

Que tu voz la levante,
que la suelte en el viento,
y que suene a victoria
cuando rompa el silencio

Y que suene a victoria
cuando rompa el silencio.

sábado, 3 de outubro de 2009

Zelaya e Micheletti sinalizam que irão negociar

Zelaya e Micheletti sinalizam que irão negociar

03/10 - 00:40 - BBC Brasil

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o líder interino do país, Roberto Micheletti, deram sinais de que estariam dispostos a negociar uma solução para o impasse político no país. "Naturalmente, temos de ser cautelosos, mas estamos razoavelmente otimistas", afirmou o chefe da missão da OEA, Victor Rico, ao chegar ao aeroporto de Toncontin, na capital hondurenha.

Micheletti diz a deputados que não fará agressões à embaixada
Presidente de fato de Honduras recebe congressistas dos EUA

No domingo passado, o governo de Honduras impediu a entrada no país de uma delegação da OAS, mas deu boas-vindas a uma comitiva que chegou a Honduras na sexta-feira.

O presidente interino Micheletti afirmou, também na sexta-feira, que conversou com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, em uma base aérea hondurenha - um encontro que havia sido mantido sigiloso até agora - e acrescentou "estamos em negociações".

Insulza chegará a Honduras na quarta-feira e deverá mediar as conversações. Ainda não se sabe, no entanto, se Micheletti e Zelaya irão se reunir ou se farão uso de representantes.

Zelaya

O líder deposto também vem sinalizando que estaria disposto a ceder. Na quinta-feira, ele se encontrou com representantes de uma delegação formada por deputados brasileiros, chefiada por Raul Jungmann, do PPS de Pernambuco.

Segundo Jungmann, durante o encontro, Zelaya teria dito que estaria disposto a abrir mão de alguns de seus poderes, e aceitaria ser processado judicialmente pela acusação de abuso de poder que teria motivado a sua queda.

"Ele aceita ser processado, ele aceita ser julgado, ele aceita abrir mão de diversos de seus poderes. Ele aceita abrir mão de uma Constituinte, que era a questão da consulta (que levou à sua deposição). Ele só não abre mão de voltar e concluir o seu mandato", afirmou Jungmann, em resposta a uma pergunta da BBC Brasil, sobre quais concessões o presidente afastado aceitaria fazer.

Micheletti tem dado sinais de que estaria disposto a suspender o estado de sítio decretado pouco após o regresso de Zelaya ao país. Ele vem enfrentando pressão de parlamentares e empresários hondurenhos para sentar à mesa de negociações.

Zelaya foi deposto no último dia 28 de junho, após ter proposto um referendo sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte com vistas à reforma da Constituição do país. O ato foi visto por oposicionistas como uma manobra de Zelaya para concorrer a um segundo mandato, algo proibido pela carta hondurenha.

Zelaya regressou a Honduras clandestinamente e se refugiou na Embaixada brasileira, juntamente com uma comitiva de mais de 60 pessoas.

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Suprema Corte de Honduras diz que embaixada do Brasil está segura

Tempo real - 01/10/2009 13h12

Suprema Corte de Honduras diz que embaixada do Brasil está segura

Luiz Alves

Comitiva pretende verificar situação da embaixada e dos brasileiros que estão no país.

Presidente da Suprema Corte afirma que Zelaya foi destituído pela Justiça em cumprimento à Constituição.

Tegucigalpa - O presidente da Suprema Corte de Justiça de Honduras, Jorge Alberto Rivera Aviles, garantiu nesta quinta-feira que não haverá invasão à embaixada brasileira no país nem agressão a qualquer pessoa que estiver no prédio. Aviles disse que o objetivo do cerco à embaixada é proteger as pessoas que estão lá dentro. "Não existe em Honduras ninguém mais protegido que Zelaya e sua família, além das pessoas que estão na embaixada do Brasil", afirmou o ministro.

O governo de Honduras impôs um cerco militar à embaixada brasileira, onde está abrigado o presidente Manuel Zelaya, deposto no último dia 28 de junho.

Aviles disse ainda que a responsabilidade pela deposição de Zelaya e a convocação de uma nova eleição para o cargo de presidente de Honduras é integralmente da Suprema Corte, em respeito à Constituição.

A comitiva brasileira esteve reunida nesta quinta-feira com os 15 ministros da Suprema Corte de Honduras. Todos os que se manifestaram criticaram o fato de Zelaya estar na embaixada brasileira instigando o confronto político no país. Segundo os ministros, o foco da confusão foi justamente a entrada abrupta do presidente deposto na embaixada brasileira.

Surpresa
Diante da posição dos ministros, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), coordenador da comitiva parlamentar, afirmou que o governo brasileiro foi pego de surpresa pela entrada de Zelaya na embaixada. "Somos uma missão quase de oposição, já que, dos seis deputados que integram a comitiva, quatro são de partidos de oposição ao governo, mas devemos honrar a verdade e reiterar que tanto o presidente Lula quanto o ministro Celso Amorim foram surpreendidos com a entrada de Zelaya na embaixada."

Os ministros hondurenhos cobraram do governo brasileiro a definição do status de Zelaya na embaixada segundo a Convenção de Caracas de 1954. Jungmann afirmou que o Brasil respeita a convenção, mas que adota uma postura humanitária, de respeito à vida dessas pessoas. Jungmann lembrou ainda que o presidente Lula e Celso Amorim têm criticado o fato de Zelaya ficar fazendo comício na embaixada.

Aviles criticou veementemente as notícias que circularam nas agências internacionais dizendo que a embaixada brasileira corria riscos. Segundo ele, a notícia foi provocada por partidários de Zelaya e prejudicou a imagem internacional do país. O presidente da Suprema Corte afirmou que, em Honduras, não existe imunidade para nenhuma pessoa e que o presidente é tratado como qualquer outro cidadão. "Talvez seja essa a razão pela qual a comunidade internacional tenha dificuldade de entender a situação do nosso país", avaliou Aviles.

Em instantes, os deputados brasileiros se reúnem com a Comissão Nacional de Direitos Humanos de Honduras.

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Reportagem - Rodrigo Bittar/Enviado especial a Honduras
Edição - Natalia Doederlein

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