domingo, 31 de janeiro de 2010

HOLOCAUSTO-Horrores da Segunda Guerra em exposição

HOLOCAUSTO

Horrores da Segunda Guerra em exposição em Recife

Publicado em 30.01.2010, às 18h51

De Cidades/ Jornal do Commercio

Moradores e visitantes do Recife têm até 31 de março para ver duas exposições internacionais sobre os horrores do Holocausto, como ficou conhecido o extermínio de seis milhões de judeus e de outros grupos indesejados do regime nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As mostras, com entrada gratuita, estão em cartaz desde quinta-feira passada no Bairro do Recife e só no primeiro dia foram contempladas por 135 pessoas.

Uma das exposições é o testemunho do sofrimento de crianças judaicas de nacionalidade checa, prisioneiras na cidade de Terezín (Praga). Elas produziram desenhos, colagens e pinturas durante a permanência no campo de concentração. Parte do trabalho está disponível na Casa da Fundação Safra, na Rua do Bom Jesus, 191. Dos 15 mil meninos e meninas segregados em Terezín, pouco mais de cem sobreviveram.

O Museu Judaico de Praga, proprietário da mostra Os desenhos das crianças de Terezín, enviou 78 quadros ao Recife. Em sete peças a etiqueta identifica o autor como sobrevivente. “Nosso objetivo é tornar público o que foi feito e esperar que isso não se repita nunca mais. Pode ser pretensioso, mas cada um faz a sua parte”, declara o ator Germano Haiut, responsável pela vinda das exposições.

Na Galeria Regional Nordeste (Rua do Bom Jesus, 237), o público verá a mostra Anne Frank – Uma História para Hoje, composta de 30 painéis com a história da adolescente alemã que morreu de febre tifoide no campo de concentração de Bergen-Belsen.

A exposição, criada em 1996 pela fundação que leva o nome da jovem, em Amsterdã (Holanda), é itinerante e se apresenta em 20 línguas. “Essa história é muito bem documentada. Queremos chamar a atenção para questões ligadas a tolerância, paz e direitos humanos”, destacam Anja Witzel, coordenadora pedagógica da Casa de Anne Frank na Alemanha e Joëlke Offringa, do Instituto Plataforma Brasil.

Germano Haiut informa que as mostras fazem parte do projeto Paralelos, que tem como meta divulgar o valor da tolerância entre os povos. As exposições ficam abertas de segunda a sexta, das 8h às 18h, e nos domingos à tarde. Por causa do Carnaval, as visitações serão suspensas de 6 a 21 de fevereiro.

Hoje, o Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco encerra a mostra Ao Recife o que o Recife não conhece, no Paço Alfândega, sobre a presença judaica no Estado. Faz parte da programação do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro. “Os acontecimentos históricos que marcaram tantas gerações geram revoltas. Hoje, esse ressentimento vem sendo trabalhado na construção de caminhos para uma convivência entre culturas, respeito às diferenças étnicas e sociais”, diz a presidente do Arquivo, Tânia Kaufman.

Nenhum comentário:

Postar um comentário