sábado, 9 de janeiro de 2010

BIG BROTHER BRASIL – A MEDIOCRIDADE E O DESRESPEITO COM A FAMÍLIA

BIG BROTHER BRASIL – A MEDIOCRIDADE E O DESRESPEITO COM A FAMÍLIA


Vai começar novamente o mais medíocre programa da televisão. Durante um bom tempo os lares brasileiros serão invadidos, mais uma vez, por um péssimo entretenimento, vazio e agressivo: o Big Brother Brasil, da Rede Globo de Televisão, na sua décima edição. Após uma seleção efetuada através de concurso nacional, um bando de jovens desocupados, fica o dia inteiro confinado em uma mansão, “a casa mais vigiada do Brasil”, participando de um jogo sujo, bestial, banal, recheado de baixarias, onde imperam a deslealdade, as brigas, intrigas, traições, excitações ao sexo, estímulo aos vícios de bebida e cigarro, e, sobretudo, o desrespeito ao ser humano.

Objetivo final: um desses indivíduos é escolhido vencedor e recebe, como recompensa, um milhão e meio de reais. Festas e farras diárias, com farto consumo de bebidas e cigarros, incitação sexual, através de triângulos amorosos, completam o total desrespeito às famílias que ficam inocentemente envolvidas na terrível trama.. Um verdadeiro estímulo à malandragem.

Para coordenar a disputa entre os concorrentes, a emissora da Família Roberto Marinho escolheu o repórter Pedro Bial, que inicia o programa com esta convocação : “...E agora vamos falar com os nossos heróis !”
- Mas que heróis são esses ?
Urge, mas com urgência mesmo, resgatar os valores dos nossos verdadeiros heróis.

Nossos filhos, nossos jovens precisam ser estimulados a cultivar seus verdadeiros heróis, seus avós, pais e mestres, que trabalham e ensinam o caminho de vencer na vida, com sabedoria, honestidade e espírito humanitário.

Heróis são milhares de desempregados, que mendigam pelas ruas ou moram em condições sub-humanas, debaixo de pontes, viadutos, favelas.

Heróis são os milhares de trabalhadores que vivem de um salário mínimo mensal, destinado à manutenção de sua família e compra de remédios para tratamento de sua saúde.

Heróis são os lixeiros que passam a vida recolhendo resíduos públicos e residenciais, sem nenhum conforto, em cima de caminhões-caçamba, para no final do mês receber um salário irrisório, que não dá nem para comprar uma caixa de sabonetes ou mesmo um perfume modesto para retirar-lhes a sujeira do trabalho durante o banho.

Heróis são os catadores de lixo que sustentam a si e suas famílias com o ganho resultante da venda de objetos recolhidos nos depósitos urbanos, correndo alto risco de contrair doenças graves: Aids, hepatite, leptospirose, tétano, febre tifóide, além de diarréias frequentes e parasitoses.

Heróis são os catadores de papéis, latas e garrafas vazias, jogadas nas avenidas, nos bares, nos clubes e nas praças, nas caladas das noites, durante festas e shows de gente rica.

Heróis são os deficientes físicos que, além do sofrimento de sua incapacidade, vivem na esperança de obter uma maior atenção dos poderes públicos, em relação aos seus direitos.

Heróis são os brasileiros que foram presos ou morreram durante a ditadura militar, lutando em prol da redemocratização do País.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados.
Onde estão os heróis lançados na sociedade pelo Big Brother Brasil?

Qual o destino dos protagonistas, dessa deprimente produção da Rede Globo de Televisão?

Todos os participantes passam a ser chamados de “celebridades”, em busca da fama, através de convites para participarem de novelas, propostas para capas de revistas de apelação sexual, Playboy, Sexy ou participação de filmes eróticos.

Esse é o modelo construído pela Globo, cópia dos péssimos enlatados americanos que exportam para o mundo o espelho de famílias desestruturadas, fragmentadas.

Quanto levam a rede Globo e a empresa de Telefonia? Em cada “paredão”, com milhões de ligações, a Globo e a Telefônica arrancam da população milhões de reais, rios de dinheiro, para engordar as já polpudas contas bancárias da emissora, de seus diretores, do apresentador, dos patrocinadores, dinheiro este que poderia ser destinado a programas educativos e humanitários.

Por isso, se você é da turma que liga pro Big Brother pra votar em paredões, pense melhor antes de erguer o telefone. Direcione sua ligação para um programa assistencial, gaste seu dinheiro com algo que realmente seja útil. Se toque: tem gente mais necessitada precisando da sua ligação. O site do Unicef traz uma lista de entidades que você pode colaborar dando apenas um telefonema. Quer dar uma espiadinha

Acorda, povo brasileiro! Estão rindo da nossa cara, fazendo a maior gozação da nossa cara, e ainda damos o maior ibope na audiência? Entram nas nossas casas, nos nossos lares, e ainda esculhambam a gente?

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão de reais.

Um simples cálculo revela: se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação.
Em vez de assistir ao BBB, que tal buscar a Deus, ler um livro,um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os pais, os avós... , brincar com as crianças..., namorar...viajar...É muito, muito melhor.

Autor anônimo

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